“Esse livro tem sido o resgate da alegria das  pessoas em dizer: eu sou Quataense”

Luiz Geraldo Floeter Guimarães, advogado e escritor

VARIEDADES - OSLAINE SILVA

Data 08/09/2021
Horário 05:45

“Quatá - Resgatando memórias”. Um resgate de históricas, que tem trazido a sua gente o orgulho de ser Quataense. Este é o novo livro do advogado Luiz Geraldo Floeter Guimarães. O volume 1  do que deve ser uma coletânea de livros históricos que retratam desde o surgimento aos principais fatos que deram origem à cidade. Assim como alguns pontos de importância ao município. Como neste primeiro, por exemplo, as escolas municipais, o poder judiciário, a Fazenda Santa Lina, atual Usina Quatá, Fazenda Quatá, ou seja, toda a história de Quatá (SP) ao longo do tempo.

 

Como tem sido a recepção da obra?
Muito, muito boa. Já fui agraciado por conta dela com um decreto legislativo da Câmara Municipal de Vereadores como cidadão benemérito do município. Uma cidade pequena, mas que tem um carinho muito grande. E isso é muito bacana porque é como se fosse um patriotismo do município. Então isso também tem sido muito profícuo esse trabalho, não só de resgate das memórias em si, mas também o resgate da alegria em falar eu sou Quataense.

 

Como surgiu o desejo de recontar fatos históricos do município de Quatá?
Administro um grupo no Facebook, que se chama Quatá Resgatando Memórias, há cerca de anos. É um grupo com mais ou menos 9 mil membros, se considerar que Quatá tem apenas 14 mil habitantes, o número é muito significativo. O pessoal gosta muito mesmo. Então, pode-se dizer que o livro consolidou-se nesse grupo. Mas, na verdade, o gosto por questões históricas é coisa que vem já de geração passada da família. Coisa que vem lá do meu avô, alemão. Quando eu era criança e gostava de ouvir as histórias que ele adorava contar. Realmente, história é uma coisa típica minha que eu sempre gostei! E quando assumi a administração desse grupo esse gosto aflorou ainda mais. E somado a isso, o último livro escrito sobre Quatá é o álbum histórico de 1953, ou seja, de 68 anos atrás. Então com o grupo surgiu a ideia de com o livro deixar para as futuras gerações, consolidar algo que fica para o resto da vida, assim como o álbum de 53 que aí está até hoje.

 

Como foi o processo de pesquisa para a composição do livro? 
No grupo, alguém ou eu postava uma foto, ai vinha outro e comentava algo sobre. Vinha outro e complementava aquele comentário com informações que eu não tinha, por exemplo. Então, o que acontece, ao longo do tempo eu fui adquirindo conhecimento de várias coisas que eu também não sabia. Coisas que eu imaginava de um jeito, alguém falava que era de outro totalmente diferente. Então fui ampliando o meu conhecimento. E os que estavam ali também. A composição dele então pode-se dizer que vem de um trabalho de no mínimo sete anos, que eu vinha pesquisando.

 

Quanto tempo levou para obter todas as informações necessárias e escrever a obra? 
Na verdade não dá precisar o tempo com exatidão. Depois que me surgiu a ideia de fazer o livro mesmo, em meados do ano passado, logicamente que ai já fui criando um mecanismo de resumo, de organograma de como eu iria escrever a obra, o que eu iria falar, a sequência, primeiro sobre a pré-história de Quatá? Depois sobre os índios? A chegada da ferrovia, o desenvolvimento, a emancipação, a comarca, enfim, fui escrevendo os tópicos. Essa foi a forma que eu determinei para chegar ao desfecho final. E muito, muito recheado com fotos. Sempre que eu conseguia uma foto eu já guardava em um arquivo digital. Acaba que as fotos são os principais elementos porque são em cima delas que faço os relatos, os casos, da evolução histórica da cidade.

 

Quais foram suas principais fontes?
Livros como do Bruno Giovannetti, arquivos que a gente encontra na internet como do IBGE [Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística], de outros órgãos de estudos de municípios brasileiros, mas principalmente das fotos e relatos de pessoas mesmo, como eu já disse, do grupo Resgatando Memórias.

 

Como avalia o resultado final?
De uma forma muito positiva. Ficou muito melhor ainda do que eu imaginava. Na verdade o livro tem um formato de tamanho diferenciado A4, papel fotográfico, 275 páginas, impressão com fotos coloridas e mesmo as em P&B tem uma qualidade superior. Ficou muito bonito, visualmente agradável, com letras de fácil leitura e o texto procurei ser correto na língua portuguesa, mas ao mesmo tempo tentei ser acessível a todas as pessoas, de todos os níveis de escolaridade. As fotos são sempre acompanhadas com legendas.

 

Qual a importância deste livro enquanto documento histórico?
É sem sombra de dúvidas muito importante porque busca reescrever a história de Quatá. Porque a história em si, provoca dúvidas, normalmente ela pode ser ajustada ao longo do tempo. Mas o que a gente buscou foi fazer um cotejo das informações que a gente tinha com as fotos e com isso fazer um apanhado da evolução histórica do município para poder justamente ter uma conotação pedagógica, didática para servir, inclusive, se for o caso, para que as escolas absorvam também esse documento para apresentar aos alunos. Porque trazemos nele também o Hino da cidade, quem o escreveu, o brasão do município, o que significam os desenhos dentro do brasão. 

 

Como os interessados podem adquiri-lo?
Podem pedir pelo WhatsApp que envio pelo correio (18) 99684-9498. Tenho feito muitas remessas. E para quem é de Quatá mesmo, podem adquirir no meu escritório mesmo que fica na Rua José Gonçalves de Almeida 148, no centro de Quatá.

 

 

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