Primeiramente, devemos falar que tratar inteligência como um termo múltiplo e não singular é algo relativamente recente. Em 1966, o termo foi citado em uma publicação, mas sem detalhamento; em 1983, Howard Gardner criou a teoria das inteligências múltiplas; já em 1996, Daniel Goleman publicou um livro relacionando as emoções com o conceito de inteligência, aprofundando e consolidando o tema. Hoje, inteligência emocional é um termo bastante conhecido, principalmente quando se trata de treinamento e desenvolvimento de pessoas no meio corporativo.
Mas, o que de fato é inteligência emocional? Qual o benefício de sua aplicação no dia a dia? Essa expressão diz respeito à capacidade de um indivíduo lidar com suas emoções de acordo com as situações. Está diretamente ligada com o sucesso profissional e de suas relações interpessoais. As emoções são inerentes aos seres humanos e estão ligadas à qualidade e significado de vida, mas podem ser prejudiciais quando não sabemos lidar com as mesmas. Um sujeito que tem inteligência emocional toma suas decisões e atitudes ponderando o racional e o emocional, utilizando-se do equilíbrio.
Viver em sociedade, tendo que se relacionar com pessoas de diversos tipos, pode ser um tanto quanto caótico. As emoções surgem majoritariamente de maneira involuntária e temos que lidar com as próprias e com a de terceiros, uma vez que nossas atitudes influenciam nosso meio e vice e versa. Portanto, aprender a entendê-las e manejá-las é crucial para uma vida mais leve e significativa.
Apesar de ser uma habilidade complexa, é possível adquiri-la com o devido treino. Entenda que os processos de desenvolvimento raramente serão lineares e rápidos, existirão altos e baixos, mas persistir tendo em mente seu objetivo é o mais importante. O primeiro passo é o autoconhecimento, entender o que sente e o motivo do mesmo. A partir do momento em que você já é capaz de identificar as emoções e seus contextos, se faz possível visualizar as situações por inteiro e tomar decisões mais assertivas em direção ao objetivo de vida. Em uma segunda fase, treinar e antecipar situações pode te ajudar bastante, afinal, nos sentimos mais seguros quando já estamos familiarizados com uma determinada circunstância.
Por fim, como já citado acima, vivemos com pessoas muito diferentes entre si, portanto, empatia deve ser algo presente quando falamos sobre inteligência emocional e emoções no geral. Nossos amigos, família, e as pessoas que cruzam nossa vida ao longo do dia também têm um turbilhão de emoções para compreender e lidar, e é preciso saber navegar.