“Robôs, invasores alienígenas, gente comum, gente maluca, o que a gente não entende, o mistério que contemplamos, viagens no tempo, diagnósticos pelo Google. Ou seja: um pouco da vida de todo santo dia. Tanto a de dentro, quanto a de fora de nossas cabeças”. A presença cada vez maior da tecnologia, como ela nos impacta, como lidamos com ela hoje e o que faremos no futuro é o assunto da maior parte das 18 histórias que compõem o livro “Eles chegaram, mas já estão indo embora”, do jornalista e redator de Martinópolis, Lucas Lourenço.
Sua primeira publicação solo será lançada oficialmente no dia 22 de abril, mas a pré-venda já está disponível no portal eletrônico do Clube de Autores (https://clubedeautores.com.br/livro/eles-chegaram-mas-ja-estao-indo-embora). Após a data, poderá ser adquirido em outros sites, como Amazon, Americanas, Estante Virtual, Mercado Livre e Submarino.
Após ter participado de algumas coletâneas de contos, o autor conta que neste primeiro trabalho solo quis brincar com as palavras e com as maneiras de se contar uma história. Por isso, na publicação, elas têm os mais diferentes formatos. “O livro é um conjunto de histórias curtas, contos, digamos assim. A maioria delas tem algo de fantástico, de ficção-científica, um pouquinho de nonsense [expressão inglesa que denota algo sem sentido, nexo, lógica ou coerência] e humor”, destaca. “Sempre escrevi e, aos poucos, fui me dando conta de que havia uma espécie de ligação entre boa parte das últimas histórias que eu vinha fazendo. Assim, mergulhei neste fluxo, escrevi mais histórias e o livro foi nascendo naturalmente. Todas elas refletem um pouco a maneira como penso e sinto o mundo”, complementa.
Em relação ao tempo que levou o processo de escrita, o escritor pontua que houve histórias feitas “em meia hora, no bloco de notas do celular”. “Outras levaram dias, escritas à mão, demoraram para nascer. O conto mais antigo deve ser de 2019 e o mais recente de 2022. Desde então, fui revisando, ajustando, cortando e reescrevendo. A ilustração da capa também é minha”, cita. Como é um livro independente, ele acrescenta que é responsável por todas as etapas, menos a impressão. “Para isso, contei com amigos e ótimos profissionais que fizeram a capa [o designer Endriu Wacheski], a diagramação [a designer Jaque dos Santos] e a revisão final [a escritora Heidi Borges]”.
Embora já esteja à venda, Lucas frisa que o lançamento oficial do livro ainda será em uma semana. “A data oficial é 22 de abril, por coincidência, o Dia do Descobrimento do Brasil. Sei lá se há alguma relação cósmica”, brinca. Quanto à expectativa, diz contar com o público deste diário para atingi-la. “Minha expectativa inicial é vender cem exemplares! Parece pouco, mas é muito. Para isso, conto com a ajuda dos leitores de O Imparcial”, comenta.
“Peço que o leitor leia com o espírito ao mesmo tempo leve e crítico. Que se divirta, mas que reflita. Vivemos em um mundo um tanto chato, em que há muita polarização, briga, desentendimento, muitas opiniões sobre tudo. Ninguém é dono da verdade e devemos parar de falar somente para a nossa bolha”, relata.
“Conseguirmos ser menos egoístas e ter mais compaixão pelo próximo, e não somente pelo próximo que é bonito, inteligente e faz tudo o que a gente quer. Foi com este espírito que escrevi as histórias”, promove o autor, que já prepara um novo livro de contos, que vão abordar o que consideramos ser a “verdade”. “Coisa que só Deus sabe completamente, mas que todos achamos que também sabemos”, finaliza.
Cedida
Após lançamento oficial, dia 22, livro poderá ser adquirido em vários sites na internet
