Juventude, educação e tempos de mudança

OPINIÃO - Danielle Santos

Data 19/05/2022
Horário 05:00

Um dos aspectos mais impactantes da pandemia de Covid-19 tem recaído sobre as evidências de que a educação no mundo inteiro e não diferente, no Brasil, tem que sofrer mudanças significativasse quiser manter o seu compromisso direto com o combate às desigualdades e emancipação social, ambiental, cultural e tecnológica na formação dos nossos jovens. Socialmente a juventude é um período de grandes mudanças para um ser humano. É o momento em que já não se é criança, porém ainda não se é adulto. Nesse período da vida, constroem-se experiências fluidas e mutáveis e, segundo a filosofia, experimenta-se a capacidade de protagonismo e de enxergar e de viver ideais. 
O jovem brasileiro tem a oportunidade de participar de um universo rico de simbolismos e práticas dentro da escola. Por meio do ambiente educativo, é possível que jovens produzam uma cultura singular, que seja pautada na resolução dos problemas que o mundo adulto pode gerar. Participar de uma escola que promove o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e a sua qualificação para o trabalho, é direito previsto na Constituição Federal brasileira, em que o acesso e a permanência à educação formal de qualidade, dos 4 aos 17 anos, é formalizado como um dever do Estado e da família.
Diante disso, se faz necessária a promoção de uma educação em que as práticas educativas potencializem nos jovens a responsabilidade, a cooperação, o resgate da sociabilidade e da solidariedade. Com isso, toda atividade que incentive o desenvolvimento da autonomia dos estudantes, é bem-vinda! “Trabalho por competências”, “trabalho por projetos”, “uso de estratégias ativas”, “ensino híbrido”, são temas que têm feito parte do repertório educacional nesses tempos de mudança, de forma sistemática. 
No dia 30 de maio, às 19h, no Teatro César Cava, a professora Cláudia Costin, especialista em Educação e reconhecida internacionalmente, falará com professores de Presidente Prudente e região sobre o tema “Como preparar os jovens brasileiros para o ensino superior em tempos de mudança”. De acordo com a especialista, é papel dos adultos fortalecer a confiança dos jovens em relação à construção de um futuro melhor. Por isso a importância da orientação do jovem pelo professor é fundamental. Ainda segundo Costin, por meio da educação, o professor pode ajudar a desenvolver valores que contribuem para assegurar a existência humana. 
Como professores, podemos aprender formas de sermos menos fornecedores de conteúdos e mais agentes de estímulo para que nossos jovens, por meio da educação, aprendam a pensar e buscar meios para a construção de um mundo melhor nesses tempos de mudança.
 

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