Mentes brilhantes: prudentino entra para Mensa International

Pais do garoto de 10 anos, Gabriel Fujikava, comemoram Dia Internacional da Superdotação com o título importante que o filho recebeu após passar pelo teste de QI com 99%

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 13/08/2022
Horário 04:02
Foto: Reprodução/Rede Social
Gabriel passou pelo teste de QI com 99%
Gabriel passou pelo teste de QI com 99%

Dia 10 de agosto é lembrado o Dia Internacional da Superdotação. Em alusão à data, a reportagem conversou com a programadora Ana Cláudia Padovani Callegari Fujikava, 45 anos, esposa do também programador Jackson, pais de três garotos: João Victor, 18, Rafael, 14, e de Gabriel Padovani Fujikava, 10 anos. O caçula, que gosta de livro sobre o corpo humano e enciclopédias, passou pelo teste de QI (quociente de inteligência) com 99%. Com o relatório do teste em mãos, Gabriel conseguiu entrar para a Mensa International, que tem uma sede no Brasil. 
“Ele ficou muito feliz, porque é uma sociedade de alto QI do mundo. Só entra quem tem o percentil acima de 98 e ele, o único de Prudente, foi aceito, está em uma unidade da organização de ‘Jovens Brilhantes’, só para crianças superdotadas que têm esse percentil. Quando ele soube dessa aprovação, que é mais que uma loteria, ele ficou muito feliz e disse: ‘alguém me reconheceu, então, agora eu tenho que trabalhar para aumentar o meu QI”, demonstra alegria a mãe, que vivencia diariamente as conversas diferentes do filho, que gosta de criar seus próprios jogos e brinquedos e discutir sobre assuntos que muitos adultos sequer se interessam.
Ana Claudia diz que sua casa é um lar atípico, onde o mais velho, que é autista, embora tenha começado a falar somente aos 7 anos, se desenvolveu superbem. “Ele desenha muito bem, entrou na escola pela redação. Aparenta apenas ser bastante tímido, mas é sociável. O do meio já tem habilidades para os esportes. Eu brinco que aqui precisamos ser um computador ambulante, porque quando não é um é o outro com conversas ou brincadeiras peculiares. Nossa programação, por exemplo, é assistir documentários [risos]”, ressalta a mãe, confessando que, às vezes, cansa, porque Gabriel, por exemplo, tem uma necessidade muito grande de saber mais o tempo todo e não é sobre um assunto específico. “Se ele está lendo sobre inundação, por exemplo, ele quer gravar um vídeo. Aí, se ele vê algo sobre a igreja, pede pra gente gravar outro vídeo. E por aí vai. Ele fala sobre medicina, aparelho respiratório [risos]. É diferente”.

Aplausos para ele!

Modelo da AZ Models, o japonesinho ruivo já gravou vários comerciais como do Sicredi, Oeste Saúde, Terra Parque Eco Resort, Óticas Diniz e até deu sua primeira entrevista, no Programa “Encontro”, com Fátima Bernardes. 
“Era final da novela, onde a Marina Rui Barbosa tinha que escolher com quem ficaria. E a Fátima disse que o filho dela poderia sair como Gabriel. Ele disse pra ela que quando crescesse as pessoas iriam aplaudi-lo! Fomos com ele fazer um teste, e nos convidaram para a plateia do programa. A partir daí surgiram vários convites de agência”, recorda a mãe de Gabriel.

Foto: Cedida


Primeira entrevista de Gabriel foi com Fátima Bernardes no “Encontro”

Longo caminho

Quando se ouve falar em superdotado, logo vem a mente o desempenho da criança na escola. Mas, Ana Claudia diz que talvez esta tenha sido a maior frustração da família até chegarem ao “diagnóstico” correto, há dois meses, quando descobriram que Gabriel era superdotado. 
Ana Claudia conta que ela e o esposo começaram a perceber que Gabriel era diferente quando, ao fazer um teste para a televisão, ele memorizava o texto com muita facilidade e rapidez. “Ele sempre foi muito espertinho, à frente das outras crianças, mas o nível de inteligência mesmo, não tínhamos percebido. E na escola, sempre o viram como muito bonzinho, educado e inteligente, mas nada que indicasse que era uma criança superdotada”, conta a mãe.
Segundo a mãe, quando conversava com o filho sobre a escola, ela percebia que Gabriel parecia ter um interesse maior que os outros, dizia que perguntava muito, porque queria saber mais. Acontece que por perguntar demais foi “podado” algumas vezes para não atrapalhar a aula. 
“Com isso começaram as crises de ansiedade e, ao invés de procurarmos saber sobre QI, procuramos por algum problema físico/emocional. E fomos por esse caminho longo, durante quatro anos, até descobrirmos”, conta a mãe, explicando a frustração pelo filho, que sempre foi tão perfeccionista, aluno nota 10, demostrar desinteresse por estudar.

Fotos: Cedidas

Coisas além da sua idade, como livros sobre o corpo humano, chamam sua atenção 

Japonesinho ruivo prudentino já gravou vários comerciais

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