Ômicron e o comércio

OPINIÃO - Walter Roque Gonçalves

Data 29/01/2022
Horário 04:30

As dores no corpo, inflamação na garganta, febre baixa, dores ao engolir ou falar, são os principais sintomas. Esta nova onda da pandemia atinge rapidamente um grande número de pessoas, contudo - ao que parece -, é menos letal que as anteriores. O reflexo no comércio é nítido. Diversos deles tiveram que reduzir os horários de funcionamento ou fechar as portas pelo grande número de funcionários em recuperação por terem sido infectados pela variante Ômicron da Covid.
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) recentemente autorizou as companhias aéreas como Gol, Azul e Latam a reduzirem o número de comissários a bordo dos aviões, pois o avanço dos casos entre a tripulação estava aumentando vertiginosamente ao ponto de voos serem cancelados. O mesmo reflexo se deu em lojas, restaurantes, bancos, hospitais e serviços públicos. 
O professor Ricardo Wagner Lage, conforme relato publicado no portal diariodocomercio.com.br, diz: “Quando cheguei, ela [agência] estava fechada. Fui informado por um gerente que o fechamento era temporário, devido ao grande número de funcionários com Covid. Alguns dias depois, a agência voltou a funcionar”, contou.
Na mesma fonte de notícias, o presidente da Associação dos Lojistas de Shoppings de Belo Horizonte, Alexandre Dolabella, afirmou que “agora, com a Ômicron, [os lojistas], estão perdendo funcionários e ficou muito difícil. Tem lojista que está deixando de abrir aos domingos, por causa da folga, mas nenhuma loja fechou”. Em poucos dias o número de funcionários afastados saltou de 5,40% para mais de 60%. A queda no faturamento é estimada em até 25%. O setor de hotelaria se mostrou mais preparado devido ao desafio que superaram em 2020, hoje estão em condições de lidar com a redução de funcionários frente à nova onda de contaminação.
Dentre os desafios enfrentados pelos empreendedores somam-se estes com a variante Ômicron. Para o empresário, a máxima de se "reinventar'' faz parte da rotina, e a lei da sobrevivência continua sendo daqueles que conseguem se adaptar mais rapidamente e não necessariamente os mais fortes. Por isso, a resiliência e a capacidade de mudar a curto prazo são essenciais para a sobrevivência, manutenção e crescimento empresarial. A pandemia tem ceifado vidas, como também empresas que não têm tido a vitalidade necessária para superar tais dificuldades e fortalecer suas estratégias.
 

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