O abençoado

Sandro Villar

O Espadachim, um cronista a favor da espuma e do espumante

CRÔNICA - Sandro Villar

Data 09/05/2023
Horário 05:30

Ele sempre perambula pela Avenida Ana Jacinta e adjacências, em Prudente. Alegria estampada no rosto, o nosso personagem cumprimenta quem encontra pela frente de um jeito diferente. Maltrapilho, por um motivo ignorado, ele se dirige aos transeuntes com uma palavra, digamos, excelsa e divina.
"Ô abençoado", grita o nosso ilustre patrício, cuja identidade desconheço. Chama todos de abençoado. É evidente que todo mundo gosta de ser chamado de abençoado. "Abençoado seja você também", respondem as pessoas. Já pensaram se ele gritasse "ô maldito?" Ainda bem que não, não é o caso em questão. 
Educadíssimo o sujeito. Como o cronista sublinhou no primeiro parágrafo, ele é alegre, enfim, bem-humorado, o que é bom nestes tempos bicudos e estranhos. Há um detalhe: o seu comportamento parece que tem a ver com o efeito que lhe causa a "branquinha" ou a "loirinha". Quer dizer: cachaça e cerveja. Nada contra. 
Com seu paletó puído, dando a impressão de que foi lavado no ano passado, ele carrega uma garrafinha de pinga. É aquela garrafinha do tipo barrigudinha, se posso me expressar assim. Sorri muito e caminha com seu passo de passista de escola de samba. 
Acho bacana o comportamento do "abençoado". Quem é ele? De onde veio e para onde ele vai? Aliás, já faz um bocado de tempo que não o vejo. Espero que esteja bem, sempre abençoando as pessoas, sóbrio ou não. 

DROPS

Mentira, agora, tem outro nome: fake news.

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