Uma das mais icônicas cenas da história do cinema é a imagem de Marilyn Monroe de vestido branco plissado passando sobre o respirador do metrô e levando uma rajada de vento que levanta sua saia, justamente neste filme: “O Pecado Mora ao lado” (The Seven-Year Itch), dirigido por Billy Wilder em 1955. O título original refere-se à comichão em trair que atinge os homens após os sete anos de casamento. Na história, um típico homem comum americano (Tom Ewell) passa o verão sozinho em seu apartamento enquanto a esposa (Evelyn Keys) vai visitar a família no interior, e ele se encanta com a nova vizinha loira e sedutora. Enquanto eles estabelecem uma relação progressiva, amigável por parte da loira, e delirante por parte dele, ele vai se assombrando com ideias de infidelidade que o deixam atormentado de forma cômica. Um dos maiores sucessos dos estúdios 20th. Century-Fox e da carreira da estrela Marilyn Monroe no auge da beleza aos 29 anos.
Empoderamento e egoísmo
O termo empoderamento tem sido utilizado com frequência nos últimos anos, e o seu conceito correto é o processo de conceder ou conquistar maior autonomia, liberdade, poder e influência sobre as próprias escolhas e a própria vida, podendo ocorrer tanto de forma individual como coletiva. A palavra inglesa enpowerment tem sua origem no fortalecimento de grupos socialmente minorizados ou excluídos como mulheres, negros e LGBTQIA+, portanto, é um processo democrático, libertador e contemporâneo, que visa a promoção das liberdades individuais sem a obediência cega de padrões impostos injustos e desiguais. O empoderamento depende de fatores múltiplos, cuja coesão permite a sua cristalização prática como a tomada de decisões e controle de rédeas da própria vida, a conscientização individual do seu lugar na sociedade com direitos e deveres e a possibilidade de ter recursos e oportunidades. No entanto, não podemos confundir empoderamento com fortalecimento egoico restrito a aparências e atitudes. Sentir-se bem e bonito, a despeito de padrões estéticos, peso, influências raciais e sexuais é alicerce para autoestima, e não instrumento de agressão e rivalidades. Empoderar-se não é tomar para si, direitos, sem conscientizar-se de que estes são de todos e o fortalecimento de um grupo é mais importante do que o sucesso individual. Empoderar-se não é sair berrando verdades como sentenças absolutas, mas sim, conquistar espaços para que as diferentes verdades coexistam em equilíbrio. Embora possam ser confundidos, empoderamento e egoísmo são conceitos opostos. Empoderamento, como dito, se baseia na conscientização e fortalecimento pessoal e coletivo, enquanto o egoísmo representa a valorização exclusiva dos próprios interesses em detrimento dos outros. A valorização exagerada de si, ignorando as necessidades e sentimentos alheios é um passo atrás no empoderamento, refletindo apenas pessoas que se aproveitam de pautas coletivas importantes para beneficiaram-se a si próprios.
DICA DA SEMANA
TELEVISÃO
“PROGRAMA DO JOÃO”:
O apresentador João Silva, filho de Faustão, apresenta semanalmente no SBT no final da noite de sábado, um game show envolvendo jovens (a Turma Enzo) e pessoas maduras e idosas (a Turma Raiz) numa divertida batalha de conhecimentos sobre a geração um do outro.