"O Terceiro Pecado"

DignaIdade

COLUNA - DignaIdade

Data 13/04/2021
Horário 06:30

A autora Ivani Ribeiro escreveu inesquecíveis e sucessivas telenovelas do horário das 19h30 na extinta TV Excelsior durante a década de 1960. “O Terceiro Pecado” foi uma delas e levada ao ar em 1968 contava a primeira história sobrenatural da autora: o Anjo da Morte (Nathália Timberg) mandava o Emissário (Gianfrancesco Guarnieri) até a Terra para vir buscar Carolina (Regina Duarte). Chegando aqui, o emissário se apaixona pela doce e meiga jovem e propõe à Morte levar em seu lugar a sua irmã, a má e vingativa Ruth (Maria Isabel de Lizandra). No entanto, a Morte não aceita a troca e propõe uma chance à Carolina: ela só poderá cometer mais dois pecados, se cometer o terceiro morrerá. Assim, o Emissário adquire a forma humana como Alexandre e tenta de todas as formas proteger e impedir que ela cometa o pecado, livrando-a das artimanhas da ardiolosa Ruth que vive aprontando com o irmão surdo-mudo Tomás (Stênio Garcia). Regina Duarte consolidava sua empatia com o público aparecendo loira e o elenco estava recheado de astros, como Paulo Goulart, Lilian Lemmertz, Carminha Brandão e Edgar Franco. Em 1989, Ivani readaptou a novela na Globo como “O Sexo dos Anjos”, com Bia Seidl, Isabela Garcia e Felipe Camargo nos papéis principais. 
 

“Gírias de antigamente”

As gírias são as palavras informais utilizadas na linguagem popular cotidiana e que expressa muito o comportamento jovem de uma geração. Desta forma, nada melhor para expressar quão antiga é uma pessoa do que a sua maneira de conservar expressões que hoje soam ultrapassadas. Voltemos no tempo da brotolândia: “Esta cocota é um tremendo broto. Verdadeira garota papo-firme, muito bacana e gente boa à beça! Ela namora um cara batuta, um moço boa pinta: um pão! Tem papo cabeça que é um barato, um cara barra-limpa. Os dois juntos botam pra quebrar e não se metem em bode. Sempre de beca impecável, aprontam uma curtição numa boa. Quando encontram gente careta, dão no pé, não ficam de chacrinha, pois não curtem quem tá por fora, sacou? Querem curtir o balacobaco, não importa se a pessoa tem tutu ou se é um pé-de-chinelo, só não pode ser borocoxô ou bocomoco. Gente chata só quer cortar o barato, ficar com a cabeça cheia de grilo, umas manias do arco-da-velha, duvide-o-dó que eles entendem bulhufas de um babado maneiro, não sabem patavinas de gente transada. São uns quadrados. Pombas, para esta gente cafona ninguém vale um tostão furado, e toda patota só tem ideia de jerico: ah, vai catar coquinho! Putz, grila! Que gente cheia de nove horas, pomposa, que vive dando siricotico. Deviam ir pra Cochinchina ou pro beleléu. Não sabem nem tomar uns birinaites, provar a água que passarinho não bebe. Um dia vão acordar e cair a ficha e vão perguntar: repete, volta a fita! Talvez seja tarde demais, ou virem gente supimpa. Voltando ao casal: ele fala mais que o homem da cobra, é um pau pra toda obra, não é bocó! É meu chapa, bicho! Ela é um pouco fogo na roupa, mas não chega a ser uma chata de galocha. Não é dondoca, curte um carango, vai na onda de gente pra frente e estoura a boca do balão. Vamos aproveitar a vida que tudo é passageiro, morou?”.  

Dica da Semana

Televisão - Assinatura

“O Salvador da Pátria”:
Canal Viva. Novela de Lauro César Muniz. A nova reprise do canal é este grande sucesso do ano de 1989, que contava a história do ingênuo e matuto Sassá Mutema (Lima Duarte), que passava de boia-fria analfabeto ao poder político. Além do elenco de feras como Francisco Cuoco, Susana Vieira, Betty Faria e Luiz Gustavo, a chance de rever atores falecidos como José Wilker (João Mattos), Marcos Paulo (Paulo), Lutero Luiz (Bodão), Mário Lago (Quinzote), Flávio Migliaccio (Nilo), Thales Pan Chacon (Cássio), Cecil Thiré (Mário), João Carlos Barroso (Fidélis), dentre outros. 


 

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