A economia é conhecida pelos seguintes setores: primário, secundário e terciário. Trata-se dos setores de matérias-primas, indústrias e serviços, respectivamente. No terceiro setor, estão os “outros serviços”, que é representado pela: alimentação fora do domicílio, corte de cabelo, turismo, entretenimento, cultura, esportes, dentre outros, sendo em sua maioria exercida por pequenas empresas. O peso destes negócios na retomada da economia é substancial, pois são responsáveis por 15% do PIB (Produto Interno Bruto).
Segundo o doutor e chefe do Centro de Crescimento Econômico do IBRE/FGV (Instituto Brasileiro de Economia / Fundação Getúlio Vargas), Samuel Pessoa, “enquanto o setor [outros serviços] não voltar, a economia não vai normalizar, mesmo que o PIB esteja forte”. O primeiro trimestre de 2021 veio com a grata notícia de que o país cresceu 1,2% impulsionado principalmente por investimentos e pelo agronegócio, enquanto o consumo das famílias e do governo está em queda. Estes valores aumentam a expectativa de terminarmos 2021 com o PIB acima do estimado.
O avanço da vacinação é um forte sinal de que em breve os micros empresários voltarão com força total
Samuel Pessoa chama atenção para o crescimento da indústria de transformação, que hoje é estimulada pelo consumo de bens duráveis como TV’s, eletrodomésticos, carros, dentre outros. Na prática, este tipo de consumo não se mantém constante e isto significa a desaceleração da indústria. Conhecendo este fato, é preciso que outra atividade assuma em breve o protagonismo na recuperação da economia e, para isto, a vacinação precisa avançar com ligeireza.
Com a população vacinada e tendo mais segurança para as pessoas circularem, o terceiro setor, onde estão os “outros serviços”, segundo o economista Samuel Pessoa, “poderá manter o crescimento do país quando a indústria desacelerar, é como uma passagem de bastão”. São os pequenos empresários provando o seu valor e o poder que carregam, sendo capazes de mudar a direção da economia do país. Portanto, o avanço da vacinação é um forte sinal de que em breve os micros empresários voltarão com força total e se tornarão, mais uma vez, nossos “pequenos heróis”.