É proibido exagerar no carnaval, mas se quiser pode;
É proibido procrastinar, mas se quiser pode;
É proibido discutir política no grupo de zap, mas se quiser pode;
É proibido comer manga e tomar leite, mas se quiser pode;
É proibido roubar série na academia, mas se quiser pode;
É proibido cantar aquela música bagaceira, mas se quiser pode;
É proibido tomar banho em dia de chuva forte, mas se quiser pode;
É proibido dizer para a criança que “Na volta a gente compra”, mas se quiser pode;
É proibido chorar escondido, mas se quiser pode;
É proibido estourar a conta, mas se quiser pode;
É proibido faltar ao dentista, mas se quiser pode;
É proibido dançar sozinho em casa, mas se quiser pode;
É proibido dar conselho, mas se quiser pode;
É proibido fazer algo assustador de vez em quando, mas se quiser pode;
É proibido ser grosso com quem é mal-educado, mas se quiser pode;
É proibido ficar “inflado” com elogios, mas se quiser pode;
É proibido se cobrar demais, mas se quiser pode;
É proibido cantar sem dó no banheiro, com um shampoo como microfone, mas se quiser pode;
É proibido dizer para o chefe que está cansado, mas se quiser pode;
É proibido ser o primeiro a perdoar se estiver certo, mas se quiser pode;
É proibido colar na prova, mas se quiser, eu vou te pegar.
Esta crônica tem a ver com a nossa incapacidade de lidar com as milhões de regras que o mundo nos impõe diariamente. Não que não sejam necessárias. Até são, mas se somos livres, precisamos aprender a ser livres. Isso implica dominar nossos desejos e vícios e ter clareza e sabedoria para tocar a vida sem precisar ser reféns de listas intermináveis do que “pode” ou “não pode”.