Prudente terá centro tecnológico no segmento da batata-doce

Plano de trabalho para estabelecer acordo de cooperação técnica envolve a iniciativa privada e o poder público

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 05/02/2021
Horário 14:45
Foto: Ector Gervasoni
Reunião para debater o plano de trabalho de criação do centro tecnológico ocorreu nesta sexta
Reunião para debater o plano de trabalho de criação do centro tecnológico ocorreu nesta sexta

Desenvolver novas variedades, melhorar as técnicas de manejo, aumentar a produção média por hectare, proporcionar maior competividade da cadeia produtiva, contribuir para atrair indústria e gerar emprego e renda estão entre os benefícios previstos a partir da criação do Centro de Pesquisa e Difusão de Tecnologias da Batata-Doce para o Programa de Apoio à Agricultura Familiar, a ser implantado em Presidente Prudente.

As primeiras tratativas com o poder público ocorreram na manhã desta sexta-feira, em reunião na Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) e com a apresentação do plano de trabalho voltado para formalização de acordo de cooperação técnica entre a universidade e a Sedepp (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico). A iniciativa surgiu do projeto Nosso Oeste Paulista, voltado ao fomento turístico e ao desenvolvimento agropecuário.

Projeto do Instituto Oeste Paulista de Turismo e Eventos Convention & Visitors Bureau que vem sendo elaborado desde o ano passado em parceria da Unoeste, com apoio da Acipp (Associação Comercial e Empresarial de Presidente Prudente) e do Sicoob Paulista, incluindo o envolvimento de vários parceiros nos planos local e regional. A proposta de instalação do centro tecnológico já tem o aporte financeiro.

Através de emendas impositivas, os vereadores Demerson Dias (PSB) e Enio Luiz Tenório Perrone (DEM) estão destinando R$ 140 mil para a Sedepp, que firmará acordo de cooperação técnica com a Unoeste, por deliberação do prefeito Ed Thomas (PSB) e de tratativas entre os jurídicos das duas partes. O plano de trabalho foi bem recebido e restam somente os trâmites burocráticos.

Líder em produção

O oeste paulista ocupa o 1º lugar no ranking estadual da batata-doce com a produção de 33% do total e a média de 15,38 toneladas por hectare, o que está acima da média nacional de 14,5. Todavia, pesquisadores científicos afirmam que a produção é baixa diante da possibilidade de poder atingir 25 ou mais, dependendo do cultivo de genótipos mais adaptáveis ao solo arenoso e aos períodos de estiagem.

Existem outras questões a serem trabalhadas, a exemplo do aproveitamento do descarte da batata em processos de seleção do produto a ser destinado ao mercado consumidor, nacional e internacional. A saída é industrializar o descarte em processamento para ração animal, por exemplo. No fomento ao segmento industrial, existe também a possibilidade de cultivo para a produção de açúcar e álcool.

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