Recentemente, a região perdeu o professor Anderson Cirilo, a dracenense Jenefer Pena, bem como três pessoas de uma mesma família, Izabel Gussoni Pereira, Ana Carolina Gussoni Pereira e João Carlos Pereira. Mas, o que todos eles têm em comum? Ambos perderam uma batalha para a Covid-19.
Neste final de semana, a região já havia imunizado 69.089 pessoas com a primeira dose de uma das vacinas em uso no Brasil e, destes, 25.773 já receberam a segunda dose necessária para a imunização. Juntos, estes municípios já haviam recebido 115.952 doses de imunizantes. Continuando o leque de boas notícias, nesta segunda, inclusive, a região ultrapassou a marca de 40 mil curados do novo coronavírus, mas não se pode negar que ainda tem muito trabalho para ser feito.
Para não perder mais Andersons, Anas e Joãos, é necessário ter antes de tudo o respeito pela vida. Não se deve mais ver a pandemia com olhos blindados e com o pensamento de que “vou curtir a vida” ou “seja o que Deus quiser”, pois o vírus já deixou claro que ele incide e se manifesta em quem ele quiser. Mas, se mesmo diante do caos deste cenário pandêmico não faz sentido viver em isolamento, usar máscara e todos aqueles protocolos que já deveriam agir de forma instintiva após um ano, o amanhã também poderá ser incerto.
Se parte da sociedade não mudar a postura ativa de que “eu suporto esse vírus”, “é só um encontro rápido entre amigos”, os hospitais vão entrar em colapso, os profissionais de saúde não vão suportar mais e, de alguma forma, o vírus poderá chegar até quem tanto desdenha.
Ontem, um boletim publicado pela VEM (Vigilância Epidemiológica) de Presidente Prudente, informou que o número de pessoas internadas voltou a bater recorde no munícipio. Consta no informe, que deveria vir em garrafais maiúscula e em vermelho, que 145 pessoas estão hospitalizadas, sendo que 61 estão em UTI (unidade de terapia intensiva), números nunca antes observados no decorrer desta pandemia. “A taxa de ocupação de leitos de UTI está em 97,2%, enquanto a taxa de leitos de enfermaria está em 94,5%, considerando toda a região do DRS-11 [Departamento Regional de Saúde – Onze]”. Os números são preocupantes, né? Mas, para reduzi-los será necessário questionar-se: O quanto vale uma vida? Ou melhor, o quanto vale a sua vida?
