"Rosa dos Ventos"

DignaIdade

COLUNA - DignaIdade

Data 06/12/2022
Horário 08:00

“Rosa dos Ventos” foi uma novela exibida pela extinta TV Tupi em 1973, escrita por Teixeira Filho que, como curiosidade, teve sua trilha sonora elaborada por Raul Seixas e Paulo Coelho. Na trama, a órfã Juliana (Wanda Stefânia) foi criada num convento sob os cuidados da Madre Superiora Maria das Neves (Nicette Bruno). Ao deixar o hábito, ela enfrenta as dificuldades do mundo real enquanto se encanta por dois homens: o playboy inconsequente Quico (Tony Ramos) e o responsável professor Antônio Carlos (Adriano Reys), um homem maduro e viúvo, mas que é alvo da paixão da arrogante Eleonora (Nathália Timberg). Um pequeno sucesso das 19h da Tupi que revelou o talento de Wanda Stefânia, que se tornaria uma das estrelas da emissora. No elenco a presença de Arlete Montenegro, Geraldo Del Rey, Elias Gleizer e Rildo Gonçalves. 

“Cognição: muito além da memória”

As queixas relativas à memória são bastante frequentes ao longo do processo de envelhecimento, e representam uma das principais queixas nos consultórios de geriatria. No entanto, o termo memória acaba sendo incorporado para expressar diferentes funções intelectuais. As funções cognitivas se referem ao processo de organização, busca e integração das informações adquiridas ao longo da vida constituindo o conhecimento humano. Várias funções diferentes (e com áreas cerebrais específicas) trabalham em conjunto para constituir a intelectualidade do indivíduo, determinando o acúmulo de novos conhecimentos e criando interpretações com o arsenal já acumulado. Existem diversas funções cognitivas além da memória, sendo que esta pode ser dividida de uma forma simples em três tipos: a memória remota ou de evocação (a que nos faz lembrar fatos antigos e marcantes que levamos para toda a vida), a memória imediata ou de fixação (relacionada com a aquisição de novas informações a serem armazenadas) e a memória episódica ou eventual (aquela memória rápida do dia a dia, que se apaga e se renova sem que estoquemos aqueles dados não significativos). Para que haja memória, há necessidade de outra função cognitiva: a atenção, ou capacidade de se concentrar em um foco (muitas vezes não esquecemos onde guardamos um objeto, mas simplesmente não demos muita atenção para tal fato, e quando precisamos da informação, ela sequer foi registrada). Outras funções da cognição: linguagem (a nossa memória das palavras e do significado de cada uma delas e a capacidade de formar frases e traduzir o pensamento pela expressão oral), o cálculo (a capacidade aritmética de fazer contas e raciocinar numericamente), a orientação de tempo e de espaço (saber se situar no dia, mês, época do ano, bem como a localização geográfica, noções de direita e esquerda, frente e verso, dentro e fora), percepções sensoriais (reconhecer um objeto pelo tato, lembrar-se do cheiro característico de algo, reconhecer o significado de um som) e as praxias, ou atividades automáticas (aquilo que aprendemos e não precisamos raciocinar para fazer como andar, vestir-se, datilografar). São múltiplas funções intelectuais que formam o universo do conhecimento humano. Esquecer bobagens aqui e acolá é normal para qualquer idade e aumenta no idoso por redução da capacidade de atenção. Contudo, existe uma preservação das demais funções intelectuais com o envelhecimento, e a deterioração das mesmas podem representar sinal de alerta para investigação. 

Dica da Semana

Livros 

“Fundo do poço, o lugar mais visitado do mundo”:
Subtítulo: Notas de Viagem. Autora: Cris Guerra. Editora Melhoramentos. A autora narra com bom humor, os diversos momentos que a vida lhe premiou com situações de perdas e tristezas profundas. A autora motiva o enfrentamento daquelas situações em que todos não veem a hora de se livrar, com resiliência e esperança de renascer.


 

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