Vem chegando as festas de final de ano! Aglomeração, euforia, correria e nostalgia. Comemoramos o nascimento do menino Jesus e passagem 2025/26. É tempo de montar a árvore de Natal e escolher as cores das bolas. Bolas douradas, vermelhas, pratas ou incolor com fotografias dentro? Esse ano escolhi, além de vermelhas e douradas, as incolores com fotografias dentro. Durante a escolha, fui dando conta das perdas dos meus entes queridos, de anos anteriores.
Fui além da árvore de Natal e pensei na árvore genealógica. É exatamente nesse período que as lembranças veem à tona. Elas reverberam! Momentos nostálgicos, sensibilidade aflorada emergem com músicas natalinas ao vento, movimentos típicos, panetones, castanhas, árvores de Natal e Papai Noel. A simbologia remete às lembranças de tempos e experiências, de outrora.
Lembro muito do bolo de Natal que minha mãe fazia e da Missa do Galo. Penso que cada um, de forma singular, sonha os momentos e experiências trocadas com amor, perdidas por infinidade de motivos. Lembranças, memórias significam vida. Que nesse Natal possamos viver experiências interpessoais e intrapessoais, com presenças vivas, uma entrega de fato, com sentido e significado. Nunca se sabe, caminhamos no desconhecido.
Deixem os celulares distantes ou carregando. Carreguem-se de afeto. Usem máquinas fotográficas para registros do momento. Devemos pensar que há tristezas, também alegria. Há a morte, mas, vida também. Penso que Natal é nascimento. São bolas compondo a árvore de Natal, bola de futebol, a roda, o “ovo e a galinha” de Clarice Lispector, o ovo de Colombo, barriga da mãe; gravidez, seios que nutrem, etc. É sempre tempo para pensar em algo que poderá nascer. Estamos vivos, então é sempre tempo para plantar. Para plantar algo, é necessário cuidar, adubar e semear.
A gratidão, solidariedade e o assistencialismo ficam muito presente no tempo das festas de final de ano, penso ser injusto. O tempo ideal é tempo todo. “...Deus é compaixão e piedade, lento para a cólera e cheio de amor, ele não vai disputar perpetuamente, e seu rancor não dura para sempre. Como um pai é compassivo com seus filhos, Deus é compassivo com aqueles que o temem; porque ele conhece nossa estrutura, ele se lembra do pó que somos nós” (Salmo -Deus é amor). Feliz Natal!