"Se o mar contasse"

DignaIdade

COLUNA - DignaIdade

Data 19/09/2023
Horário 06:05

Embora o gênero telenovela tenha surgido no país em 1951 com a trama “Sua Vida me Pertence”, só passou a ser diário em 1963. Um dos primeiros títulos da TV Tupi foi “Se o Mar Contasse”, sua terceira novela das 20h, exibida em 1964. A trama era baseada no original latino de Manoel Muñoz Rico, adaptada pela grande autora nacional Ivani Ribeiro e dirigida por Geraldo Vietri. A curiosidade está no elenco de grandes futuros astros no elenco, como Ana Rosa, Luiz Gustavo, Maria Isabel de Lizandra, Rolando Boldrin, Marisa Sanches, Elísio de Albuquerque, Marcos Plonka e Rildo Gonçalves. A história se passava em uma aldeia de pescadores no litoral, onde Marcos (Henrique Martins) faz chantagem com o milionário Ramiro (Elias Gleizer), o que acaba proporcionando uma tragédia que afeta todos os moradores. Ele usa de todos os meios para obter fama e poder sendo disputado por duas belas mulheres, Zurá (Ana Rosa) e Nanci (Lizandra). 
    
“Capacitismo”

O combate aos preconceitos tem sido prática atual e recorrente na busca da valorização dos diversos por igualdade e equidade, e a promoção da inclusão social. O termo capacitismo tem sido utilizado para denominar o preconceito ainda bastante arraigado quanto aos portadores de deficiências físicas ou de necessidades especiais. Sem ser muito divulgado, o capacitismo exclui, oprime e reforça estereótipos contra uma grande parcela da população brasileira. Em termos gerais, o capacitismo se refere ao preconceito que tem como base a capacidade executiva ou instrumental da pessoa, com uma tendência de acreditar que uma vez portadores de deficiências tenham reduzidas potencialidades, subestimando e limitando o universo de habilidades de tais pessoas. Muitas vezes, erramos ao admirar capacidades básicas de alguém que preconceituosamente acreditamos ter limitações: Nossa, como você cego, consegue se virar assim tão bem? Para um cadeirante, até que você é bem ágil. Ao concebermos, um padrão de normalidade, por tabela, acabamos criando rótulos estereotipados de como deve ser ou agir, o portador de deficiências. E muitas destas ideias são incorporadas em frases jocosas no cotidiano de todos: Você é retardado? Vou dar uma de João Sem Braço! A desculpa de aleijado é muleta! Tô mais perdido que cego em tiroteio ou surdo em bingo! Que mancada! ... Quem nunca soltou uma destas frases de forma despretensiosa sem ao menos perceber que é recheada de preconceitos? Muitas vezes a discriminação vem disfarçada de brincadeira ou de piada: “As pessoas têm que entender que elas não têm nenhum direito de rir de mim se que eu dê essa abertura, sem que eu dê essa oportunidade” (Rebeca Costa). O capacitismo tem punição penal de um a três anos de reclusão, e multa. E há aumento em 1/3 da pena se a vítima se encontrar sob cuidado e responsabilidade do autor do crime.

Dica da Semana

Filmes 

“Nunca Te Esquecerei”:
(Head Full of Honey). EUA. Direção: Til Schweiger. Com Nick Nolte, Sophia Lane Note, Matt Dillon. Amadeus, um homem viúvo que sofre de Alzheimer, tem que aprender a lidar com a progressão da doença e o apagamento de suas lembranças. Muito apegado à neta Matilda, eles resolvem embarcar em uma viagem clandestina rumo à Veneza na Itália, onde conheceu sua esposa. 
 

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