A releitura em live action das HQ’s de Jeff Lemire tem caído no gosto do público. O recente lançamento da Netflix se passa numa distopia pós-apocalíptica, que, contrariando os estereótipos do gênero, nos apresenta uma adorável história, com teor doce e leve.
Embora as recentes produções da plataforma nem sempre sejam sinônimo de qualidade, algumas contando com enormes instabilidades e defeitos grosseiros, essa sensação de “pezinho atrás” é esquecido logo após o primeiro episódio, que nos dá uma boa guinada e não deixa a peteca cair durante o decorrer da temporada.
Na história, uma misteriosa pandemia conhecida como Flagelo assolou o mundo e, simultaneamente, começam a nascer crianças com algumas características de animais, as híbridas. Depois de anos, os sobreviventes se dividem em grupos e tribos e tentam sobreviver nesta nova realidade enquanto as crianças-animais são alvo de perseguições e matança constante, seja por preconceito e medo do desconhecido ou pela ganância humana na exploração de suas características singulares.
Nosso protagonista, o híbrido com traços de cervo, Gus, cresceu na floresta com seu pai, isolado do resto do mundo. Fica interessante quando circunstâncias o forçam a sair de sua realidade. Gus parte em busca de sua mãe e passamos a descobrir com o estado desse novo mundo.
O trabalho de fotografia merece seu reconhecimento, sabendo alterar e diferenciar claramente em situações específicas de violência e contaminação pelo temido vírus Flagelo. A perspicácia da produção foi em alterar os momentos coloridos e alegres para tonalidades frias e sombrias, mostrando qual é o combustível para os mocinhos e os vilões.
Ficar emotivo com a série é quase uma redundância e falar sobre ela de uma forma racional pode ser até injusto. É lindo de uma forma leve e bem distribuída. Meu único conselho é: assista!
SIGA:
Para saber mais, siga @cine.macoteca no Instagram e fique por dentro de tudo que acontece no mundo dos filmes e séries!
