Turismo rural: um celeiro de oportunidades 

OPINIÃO - Renato Michelis

Data 09/05/2023
Horário 04:30

A modernização do campo, o processo de industrialização e a busca por melhores condições de vida provocaram em todo o mundo um processo chamado êxodo rural. No Brasil, esse processo se deu de forma mais drástica. Em 1940, apenas 31% dos brasileiros viviam em áreas urbanas, porcentagem que saltou para 56% em 1970. 
Atualmente, de acordo com dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), de 2015, a maior parte da população brasileira, 84,72%, vive em áreas urbanas. Já 15,28% dos brasileiros ainda vivem no meio rural.
Nestes tempos de cidades cheias, correria, congestionamento, poluição e alto estresse, o interesse por turismo alternativo, mais voltado à natureza e as origens, tem crescido ano a ano. Um exemplo é o turismo rural que, longe do conglomerado dos centros urbanos, atrai pessoas que buscam como destino o cotidiano agrícola. Uma atividade que promove a conservação do património natural e cultural das zonas rurais, uma vez que incentiva a utilização sustentável dos recursos locais, resgata as coisas simples da vida, revivendo nossas origens no campo.
Neste segmento, os turistas podem desfrutar de atividades como caminhadas, pescaria, cavalgadas, manejo com os animais e criações, degustação de produtos, oficinas de artesanato, entre outras. Eles também podem interagir com os habitantes locais e aprender em primeira mão sobre seus costumes e tradições.
O Pontal do Paranapanema é como uma joia a ser lapidada. Ressaltamos como potenciais atrativos turísticos: religioso, náutico, gastronômico e rural. Esse último foi tema de uma conferência, promovida pela Fundação Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo) neste último 15 de abril, visto que o setor tem forte potencial devido à grande quantidade de pequenas e médias áreas rurais que oferecem belíssimas paisagens e condições para implementação de atividades voltadas ao turismo rural.
Durante o encontro, autoridades entregaram um requerimento ao secretário estadual de Turismo, Roberto de Lucena, para que Presidente Prudente se torne um MIT (Município de Interesse Turístico) e alcancemos de fato, o patamar de capital do Turismo Rural do Estado de São Paulo. O secretário também reforçou a vontade que o governador Tarcísio de Freitas tem em transformar nossa região em potencial econômico e melhorar o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).
Segundo estimativa da Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo, o desempenho do turismo paulista deve crescer 7,8% em 2023. Com isso, o PIB (Produto Interno Bruto) do setor deve atingir quase R$300 bilhões, colocando o Estado paulista como o maior polo turístico no Brasil. 
E dá para melhorar! Promovendo a capacitação de pessoal, divulgação e ampliação dos investimentos na gastronomia e ambientes de negócios, bem como elaboração de projetos atraentes ao turista e, assim, explorar de forma sustentável e lucrativa este enorme potencial que temos.

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