Presidente Prudente acaba de dar um exemplo que deveria inspirar outras cidades do país: garantir transporte coletivo público gratuito aos sábados e domingos. Os números falam por si. No primeiro final de semana com a medida em vigor, 16,6 mil pessoas utilizaram os ônibus municipais, um aumento de mais de 200% no total de passageiros em relação à média anterior.
No sábado, o salto foi de 4,6 mil para 12,8 mil usuários. No domingo, o número mais que quadruplicou, indo de 800 para 3,8 mil passageiros. O que esses dados revelam? Que as pessoas estavam sim dispostas a usar o transporte público, mas, muitas vezes, simplesmente não podiam pagar por ele.
A gratuidade não é apenas um alívio ao bolso do cidadão. É uma política pública com impacto direto na mobilidade urbana, na inclusão social e na sustentabilidade. Ao permitir que mais pessoas se desloquem com facilidade e sem custo, a cidade reduz desigualdades, fortalece o comércio local, estimula o lazer e até melhora a qualidade do ar, com menos carros nas ruas e, portanto, menos poluição.
A Prefeitura de Prudente acerta ao reconhecer que mobilidade urbana é um direito, e não um privilégio. A gratuidade aos fins de semana deve ser vista como um ponto de partida, e não de chegada. Que este seja o início de uma reflexão mais profunda sobre o papel do transporte público em nossas cidades. Afinal, garantir o ir e vir com dignidade é dever de todo governo comprometido com o bem comum.
Que bom que o povo está aproveitando. Que bom que Prudente está no caminho certo.
