Valorizar o Iamspe, garantia de saúde

OPINIÃO - Mauro Bragato

Data 22/04/2021
Horário 04:30

O profissional da saúde nunca foi tão fundamental como nos tempos atuais, e para uma das suas missões mais nobres: salvar vidas! E a luta constante de todos nós é também pela saúde pública. Convênios médicos ou seguros saúde particulares não atendem a todo mundo, levando milhares a recorrer ao sobrecarregado SUS (Sistema Único de Saúde).
Felizmente, o Estado de São Paulo disponibiliza um importante reforço no atendimento médico aos servidores públicos estaduais e seus dependentes. O Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual) oferece atendimento a 1,3 milhão de usuários por meio de uma rede própria e credenciada, distribuída em 173 municípios do Estado.
Abrange 80 hospitais, além do hospital próprio de alta complexidade, o Hospital do Servidor Público Estadual, instalado na zona sul da capital paulista, com mais de 700 leitos, corpo médico com cerca de 1.000 profissionais, mais de 2.000 profissionais de enfermagem, oferecendo atendimento em 51 especialidades médicas. Além disso, a rede oferece laboratórios de análises clínicas e de imagem, clínicas de fisioterapia e médicos credenciados que atendem em consultórios e clínicas particulares.
O impacto econômico causado pela pandemia da Covid-19, entretanto, levou alguns servidores públicos a buscarem o cancelamento da contribuição do convênio com o instituto, sem poder mais usufruir do serviço oferecido pelo Estado. E também sem poder retomar o convênio.
Por isso, apresentei um projeto de lei na Assembleia Legislativa de São Paulo que permite aos servidores públicos ativos e inativos reativarem sua inscrição junto ao Iamspe. O objetivo do PL é permitir que aqueles que cancelaram sua inscrição na rede possam retornar a utilizar dos serviços de assistência médica oferecidos pelo órgão. A publicação será analisada pelas comissões e depois pelo plenário da Alesp. 
Na minha visão, o Iamspe tem um papel fundamental nesse processo. Estou sempre encaminhando as demandas do oeste paulista para a superintendência do instituto para melhorar as condições das redes credenciadas, principalmente para as clínicas médicas e hospitais filantrópicos, com o objetivo de melhorar o atendimento aos funcionários da região. 
Vale ressaltar que o problema da saúde pública não é necessariamente a qualidade do serviço. Ao longo dessa pandemia, temos visto que os nossos médicos e enfermeiros estão se sobressaindo na luta contra a Covid-19. Mas esbarram em uma dificuldade que é a demanda. O número de profissionais e os recursos não são suficientes para atender toda a população de maneira digna, como prevê a nossa constituição. 
E nossa briga, mais ampla, para garantir saúde para a população, visa também garantir mais recursos para o Iamspe, e com isso, melhorar as redes credenciadas, atraindo novos conveniados para fortalecer a rede. Quem ganha é a população com atendimento digno e igualitário.
 

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