“Vertigem Postural Paroxística Benigna”

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COLUNA - DignaIdade

Data 03/11/2020
Horário 06:00
O galã Robert Taylor (1911-1969) teve longa carreira nos cinemas e atuou em todos os gêneros
O galã Robert Taylor (1911-1969) teve longa carreira nos cinemas e atuou em todos os gêneros

As queixas de tonturas e vertigens são bastante frequentes entre os idosos e há uma tendência errônea de atribuir o diagnóstico a toda e qualquer tontura, de labirintite. O termo labirinto refere-se a um conjunto de estruturas da orelha interna que são importantes na regulação da informação dos movimentos do corpo e para o equilíbrio humano. A labirintite é o processo inflamatório destas estruturas geralmente em decorrência de infecções virais, e não representam a mais comum forma de vertigem entre os idosos. VPPB ou Vertigem Postural Paroxística Benigna é o nome complexo de um distúrbio comum da orelha interna que produz crises agudas de início súbito e inesperado (daí o termo paroxístico) de tonturas rotatórias (vertigens) geralmente provocadas por movimentos bruscos da cabeça. Ao apanhar um objeto no chão, ao virar subitamente o rosto e ao levantar-se bruscamente, o idoso apresenta vertigens que podem resultar em quedas. O termo benigno tem relação ao fato de geralmente serem crises autolimitadas, sem gravidade e sem a presença de outros sinais neurológicos de outros tipos de distúrbios do labirinto (como náuseas, vômitos, alterações oculares e zumbidos). O labirinto apresenta uma parte óssea e outra parte membranosa que é cheia de uma substância denominada endolinfa. Esse líquido é rico em cristais de carbonato de cálcio e ele flui livremente nas estruturas do labirinto, colaborando na informação das mudanças de posição do corpo ao cérebro. Com a idade, fragmentos destes cristais danificados podem se deslocar para o interior de estruturas canaliculares do labirinto, quando há movimentação brusca da cabeça e, irritar as terminações nervosas aí existentes e provocar as tonturas rotatórias. A VPPB também tem sido chamada de doença dos cristais do labirinto e pode ser detectada por testes clínicos, e geralmente responde a manobras posturais de reabilitação realizadas pelo otorrinolaringologista. Este tipo de tontura geralmente apresenta má resposta às medicações antivertiginosas utilizadas para os outros distúrbios do labirinto.

Túnel do tempo: Quo Vadis

O cinema clássico de Hollywood tinha um subgênero de extrema popularidade e que gerava grandes bilheterias no passado: os espetáculos épicos e bíblicos. De “Os Dez Mandamentos!” a “Sansão e Dalila”, de David e Betsabá a El Cid, vários filmes bíblicos ou não originaram produções luxuosas dos grandes estúdios. Uma das mais famosas da época foi “Quo Vadis”, produzida em 1951 pelos estúdios Metro-Goldwyn-Mayer e dirigida por Mervyn LeRoy. Na trama, o general Marcus Vinicius (Robert Taylor) retorna à Roma após uma campanha militar e se apaixona pela cristã Lygia (Deborah Kerr), que é escrava dos exércitos romanos. Enquanto luta por seu amor, Vinicius vai aprendendo a respeitar o Cristianismo. O imperador Nero (Peter Ustinov) cada vez mais insano, entre outros desmandos, manda Lygia e Vinícius para a arena dos leões, enquanto bota fogo em Roma. Produção das antigas que impressiona pelos cenários e cenas com multidões com o orçamento milionário da Metro da década de 50. Robert Taylor no auge do estrelato e Deborah Kerr iniciando carreira em Hollywood. O termo Quo Vadis significa em latim “Aonde vais” e refere-se a uma pergunta feita por Pedro ao encontrar Jesus ressuscitado enquanto fugia dos exércitos de Roma.

 

Dica da Semana

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Aventuras com Robert Taylor:

O galã Robert Taylor (1911-1969) teve longa carreira nos cinemas e atuou em todos os gêneros. Nos anos 50 do século 20 ele fez filmes de aventura de capa-e-espada de grande sucesso. Três filmes do diretor Richard Thorpe se destacam: “Ivanhoé, o Vingador do Rei” (1952) ao lado de Elizabeth Taylor e Joan Fontaine, “Os Cavaleiros da Távola Redonda” (53) com Ava Gardner e “A Coroa e a Espada” (55) com Kay Kendall. Matinês dos velhos tempos.

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