1º caso de leishmaniose em humano acende novo alerta

EDITORIAL -

Data 10/06/2020
Horário 04:15

Como se já não bastasse o avanço contínuo dos casos de dengue e do novo coronavírus, a Covid-19 – dois problemas graves de saúde pública –, os munícipes de Presidente Prudente foram surpreendidos, no início desta semana, com a confirmação do primeiro caso de leishmaniose em humano de 2020. Trata-se de um senhor de 63 anos, morador do Parque dos Girassóis. Embora não seja tão incidente quanto a dengue, por exemplo, a doença não é menos preocupante, considerando que pode levar a óbito se não receber o tratamento em tempo hábil.

De acordo com o Ministério da Saúde, a enfermidade é transmitida por meio da picada do inseto conhecido como mosquito-palha, que tem como características a coloração amarela ou de cor palha e, em posição de repouso, suas asas permanecem eretas e semiabertas. Ainda conforme a pasta, a transmissão ocorre quando fêmeas infectadas picam cães ou outros animais infectados e, em seguida, picam o homem, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi, causador da leishmaniose visceral. Os sintomas normalmente apresentados são febre de longa duração, aumento do fígado e baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular e anemia.

Desde segunda-feira, a VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal) iniciou o manejo ambiental no bairro em que o paciente reside. Num primeiro momento, agentes do órgão orientarão os moradores para que efetuem a retirada de todo material em decomposição de suas casas. Isso porque é, a partir dele, que ocorre a proliferação do mosquito-palha.

Nesse sentido, é muito importante que cidadãos não só do Parque dos Girassóis, como também de toda a cidade, aproveitem o período de isolamento social para eliminar quaisquer criadouros que propiciem a multiplicação de mosquitos causadores de doenças, como é o caso do mosquito-palha e do Aedes aegypti, vetor da dengue.

Para prevenir a leishmaniose, é fundamental que as pessoas removam matérias orgânicas em decomposição e outros entulhos que favoreçam a umidade do solo e façam a destinação adequada do lixo orgânico. Mais uma vez, lidamos com uma doença que depende da higiene ambiental e do esforço coletivo para não ocorrerem novos registros. Vamos agir com consciência para que a leishmaniose em humanos não passe do primeiro caso. E que este senhor se recupere com muita saúde e boa disposição.

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