A Cooperlix (Cooperativa de Trabalhadores de Produtos Recicláveis de Presidente Prudente) não realizou, ontem, a coleta do lixo que seria destinado à reciclagem em dois setores da cidade, que incluem o total de 10 bairros: Conjunto Habitacional João Domingos Neto, Vila Santa Helena, Vila Charlote, Vila Malamam, Vila Glória, Jardim Universitário, Jardim Bongiovani, Jardim Pioneiros, Vila Cláudia Glória e o Jardim Comercial. A informação é do conselheiro fiscal da cooperativa, Diego Victor Lopes dos Santos.
"A Prefeitura não mandou os caminhões e agora só passaremos nesses locais na semana que vem", afirma Diego. Segundo ele, dos cinco caminhões que seriam encaminhados pelo Executivo, apenas três teriam sido disponibilizados ontem.
Helena e Maria Lúcia reclama da falta dos serviços
De acordo com a Secom (Secretaria Municipal de Comunicação), realmente houve problemas técnicos em um dos veículos, mas, segundo o órgão, "a Cooperlix poderia ter buscado uma solução para a carência". "Os caminhões foram disponibilizados normalmente, entretanto, pelo fato de um basculante ter quebrado, foi enviado outro, só que sem a grade protetora", explica a secretaria, por meio de nota.
"Além disso, é válido afirmar que caso houvesse interesse, após o término dos setores, a Cooperlix poderia reunir todos os caminhões que já tivessem findado as áreas de sua responsabilidade, para realizar a coleta nos demais bairros, ou seja, utilizar-se da mesma logística feita pela Prudenco quando algum caminhão de coleta de lixo quebra ou necessita de manutenção", ressalta a pasta.
Lixo na calçada
Independente da justificativa do Executivo e dos representantes da cooperativa, quem sofre com o problema é a população.
As vizinhas Helena Costacurta, aposentada, 83 anos, e a dona de casa Maria Lúcia Gomes, 66 anos, sentiram a ausência da coleta na Vila Santa Helena, onde residem. "Separo toda sexta-feira e eles sempre passam por volta do meio-dia, mas hoje a vizinhança toda colocou e eles não vieram", afirma Helena, preocupada com a presença de animais junto ao lixo armazenado na calçada. "Os cachorros esparramam tudo, procurando resto de comida", conta.
"Essas coisas não podem ficar assim", completa Maria Lúcia.
Do outro lado da cidade, a situação é parecida. "Isso está aí desde a semana passada, eu separei, coloquei e ficou aí", revela o corretor Divaldo Coelho Coimbra, 43 anos, morador do Conjunto Habitacional João Domingos Neto.
