10ª RA figura em 5º lugar na produção de cana

PRUDENTE - Rogério Lopes

Data 24/04/2016
Horário 09:07
Com previsão de produzir 39.719.327 t (toneladas) de cana de açúcar para indústria para safra 2015/2016, divididas em 531.349 ha (hectares) de área para corte e outros 44.729 ha de área nova, a 10ª RA (Região Administrativa) - que integra 48 cidades distribuídas nos EDRs (Escritórios de Desenvolvimento Rural) de Dracena, Presidente Venceslau e Presidente Prudente - figura na quinta colocação, entre as 16 RAs do Estado. Na safra passada (2014-2015), embora o total estabelecido para o período tenha colocado a região no quarto lugar na tabela geral de produção, a quantidade inicial prevista foi menor que a atual, fixada em 37.380.495 t.

As estimativas foram apresentadas pelo IEA (Instituto de Economia Agrícola) em conjunto com a Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral), e dizem respeitos aos dados e levantamentos feitos junto aos responsáveis das 16 regiões no período de 2 a 26 de fevereiro. Além da produção da cana-de-açúcar para indústria, a pesquisa ainda trouxe as perspectivas para a produção de cana para forragem e mais 16 culturas que estão entre as principais no Estado. Sobre a cana para forragem, a estimativa é que sejam produzidas na 10ª RA, 621.325 t, em uma área de cultivo de 13.061 ha.

Seguindo os mesmos índices das safras anteriores, a região de São José do Rio Preto aparece na ponta do ranking, com a produção de cana-de-açúcar para indústria prevista em 68.930.252 t. Em segundo lugar, vem a região administrativa de Araçatuba, com 45.608.508 t, seguida por Campinas com 43.766.786 t. A quarta colocação foi retomada pela regional de Franca, onde o levantamento aponta que a produção deste ano será de 40.012.380 t. Por fim, vem a regional de Presidente Prudente, como já citado, na quinta colocação.

 

Não preocupa

Para os diretores dos EDRs da 10ª RA, a queda com relação a outras regiões do Estado era algo esperado, visto alguns fatores já observados e que atingiram a produção. No entanto, esclarecem que não é uma redução que "preocupe muito", já que o setor ainda se mantém forte e presente entre as cinco maiores produtoras do Estado.

O diretor técnico do EDR/Cati de Dracena (que administra 16 cidades), Luiz Alberto Pelozo, ressalta que a queda na produção do segmento diz respeito às áreas de cultivo da cana que também foram reduzidas. Ele explica que a pecuária está em um bom momento, com preços atraentes e isso fez com que vários donos de propriedades não renovassem o contrato de arrendamento de terras e retomassem as atividades na pecuária de corte. "Houve uma migração, onde os produtores voltaram a explorar este setor", analisa.

Este ponto também é lembrado pelo diretor do órgão em Presidente Venceslau (regional que integra 11 municípios), Felipe Melhado. Ele reafirma que a pecuária está retomando a força na região e, com isso, alguns arrendatários "não renovaram os contratos com as usinas". Felipe pontua, porém, que isso não compromete a produção como um todo, pois, se por um lado a cana-de-açúcar teve uma leve queda, por outro, a pecuária vem se fortalecendo novamente.

Já o diretor técnico do EDR/Cati em Prudente, João Menezes de Souza Neto, menciona o fechamento de usinas que ocorreu nos últimos anos, movido pela crise, que influenciou na demanda. No entanto, esclarece que a região possui, entre as demais, a maior potencialidade de expansão para o setor. Quanto à mudança de colocações, onde Franca reassumiu a quarta posição, João menciona que aquela região sempre teve tradição neste cultivo, "onde o setor já tinha expressiva participação antes mesmo de ser propagado na regional de Presidente Prudente".

 
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