Aproximadamente 1,2 mil trabalhadores e cerca de 70 agências bancárias da região estão, a partir de hoje, com as atividades suspensas. Trata-se da greve dos bancários, anunciada na última semana, mas confirmada depois da rodada de negociações que ocorreu sábado, em São Paulo. De acordo com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), o Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta de reajuste de 7,35% que seria aplicado nos salários da Campanha Nacional de 2014. Já em relação ao piso da categoria, os valores propostos para a convenção coletiva 2014/2015 equivalem ao reajuste de 8%. Na área de abrangência do Sindicato dos Bancários de Presidente Prudente e Região, que engloba 19 cidades, ocorrem 5 mil atendimentos diários em agências de grande movimentação, bem como mil atendimentos por dia em agências menores, aproximadamente.

Autônomo Paulo Rodrigues desaprova a greve: "Serei lesado"

Edmilson Trevisan, presidente do Sindicato dos Bancários de Presidente Prudente e Região, comenta que as propostas apresentadas na rodada de negociações estão "muito aquém" daquilo que almejam, como também, "não houve evolução na discussão sobre a valorização do material humano dos bancos". Questionado sobre um novo encontro entre os banqueiros e os líderes sindicais dos bancários para discutir uma nova proposta, Trevisan pontua que "ainda não há previsão para novas negociações".

Os usuários salientam a dificuldade para realizar alguns trâmites internos no período da greve, a exemplo da professora Gabriela Vieira, que aguarda a liberação de documentação para a compra de uma casa. "Eu e meu noivo estamos concluindo a compra de uma casa, mas dependemos diretamente do banco para que a documentação seja finalizada, por isso, estamos bastante preocupados com o possível atraso que haverá com a greve". Já o autônomo Paulo Rodrigues argumenta que será "lesado", pois realiza diariamente transações que estarão interrompidas com a paralisação dos atendimentos.

Em nota, a Fenaban ressalta que nos dois casos de aumento proposto está "assegurado novo aumento real – acima da inflação". Ainda ressalta que "a federação permanece confiante na manutenção das negociações para um desfecho do acordo coletivo".

 

Alternativas

Visando uma organização, a Fundação Procon, de São Paulo, apresenta dicas para os consumidores que precisam manter as contas em dia, durante a greve. As pessoas, segundo o órgão, devem entrar em contato com as empresas e concessionárias de serviços e solicitar outras formas e locais para pagamento.

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) informa que existem vários canais alternativos para a realização de transações financeiras, tendo em vista que, no ano passado, a greve dos bancários durou 23 dias. Os bancos oferecem aos clientes opções como os caixas eletrônicos, a internet banking, o aplicativo do banco no celular (mobile banking), operações bancárias por telefone e pelos correspondentes, como é o caso de casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados. É possível realizar diversas operações por meio desses correspondentes, como pagar contas, sacar dinheiro e benefícios, entre outros serviços.