148,8 mil deixam de ir às urnas na região de PP

Dos 678.164 eleitores, foram 21,95% de abstenções, marca superior à média nacional, de 20%; Rosana e Prudente lideram

PRUDENTE - MELLINA DOMINATO

Data 04/10/2016
Horário 10:23
 

Dos 678.164 eleitores da região de Presidente Prudente, 148.875, ou seja, 21,95% deixaram de ir às urnas. A marca é superior à média nacional, de 20%, já considerada alta, conforme o chefe de cartório da 101ª ZE (Zona Eleitoral), Fabiano de Lima Segala. Em Rosana, município no qual os eleitores tiveram que decidir, junto à escolha do prefeito e dos vereadores, sobre a possibilidade de transformar Primavera em distrito administrativo, o registro, no domingo, foi do maior índice de abstênção da região. Dos 16.332 votantes, 11.787 deixaram que comparecer às urnas, ou seja, 27,83% do eleitorado. Marcas também consideradas altas foram registradas em Prudente, com 25,28% de abstenções, ou seja, 42.796 de um total de 169.288 eleitores, e Lucélia, onde 25,14% ou 3.760 de 14.956 votantes deixaram de comparecer às seções. Em Prudente, maior colegiado regional, por exemplo, o número correspondente às abstenções é superior aos votos que elegeram o novo prefeito, Nelson Roberto Bugalho (PTB), que teve 33.209 votos, 29,46% dos válidos.

O chefe de cartório da 330ª ZE, de Teodoro Sampaio, responsável por Rosana, João Hortêncio de Oliveira Beserra, afirma que "abstenção sempre há", mas acredita que qualquer índice considerado "maior do que o normal" pode proceder de diversos motivos. Cita exemplos como as pessoas que mudaram de Rosana nos últimos meses e não transferiram o título, descrença política, desânimo e desinteresse dos eleitores, entre outros. "Quero acreditar que a abstenção está relacionada com o atual cenário político, ou seja, além de vários fatores, entra a parte das denúncias, da desconfiança com o cenário político. Mas, esta é apenas uma opinião, pois demandaria uma pesquisa mais profunda para apontarmos as reais razões das ausências nas urnas", fala. Sobre o plebiscito, que definiu que Primavera será um distrito de Rosana, João Hortêncio considera não ter influenciado nas abstenções. No município, quatro candidatos concorreram à cadeira do Executivo. Tivo (PSD) foi eleito com 4.235 votos, 38,86% dos válidos.

Com oito concorrentes à Prefeitura, Prudente teve o segundo maior índice de abstenção da região. A chefe de cartório da 402ª ZE, Letícia Macoratti de Castilho, que contabilizou 21.817 das 42.796 ausências, considera o índice alto. A mesma opinião tem o responsável pela 101ª ZE, Fabiano. "A média nacional de abstenções é de 20%, a qual já é considerada alta. Então, Prudente tem um cenário preocupante. É a maior marca que já vi, isso que já acompanhei cinco eleições", comenta Fabiano. "Acho que possa ser reflexo da atual conjuntura política. Mas, não estando satisfeito, aí sim é que o eleitor deve ir às urnas para manifestar sua opinião. Esta seria a postura correta", complementa.

 

Presença maciça


Em contrapartida, Pracinha foi uma das cidades com maior presença na votação de domingo, onde 1.409 ou 91,14% dos 1.546 eleitores fizeram questão de ir às urnas. Dois candidatos disputaram a cadeira do Executivo e quem levou a melhor foi Maurilei (PV), com 747 votos, 54,69% dos válidos. O chefe de cartório da 69ª ZE, em Lucélia, Altemir José da Silva, que atende o município, explica, no entanto, que o que levou a população às seções foi a concorrência pelas cadeiras no Legislativo, já que, para os eleitos, cada voto fez diferença. "Tiveram dois vereadores da mesma coligação com o mesmo número de votos, sendo eleito somente pela diferença de idade. Daí por diante, teve diferença de dois, quatro votos. Então, em Pracinha, cinco votos, por exemplo, fazem a diferença, por isso, todos fazem questão de votar", expõe.

Também com alta movimentação nas urnas, Nantes contou com 90,82% de presença do seu eleitorado, já que 2.225 dos 2.450 votantes compareceram nas seções. O mesmo foi registrado em Estrela do Norte, onde 2.482 eleitores, ou 91,08% de um total de 2.725, participaram das eleições.

 
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