2 homens são presos por associação criminosa e fraude à licitação

Operação Pomar investiga autores da quadrilha que criou esquema para sabotar licitações destinadas ao gerenciamento e à construção de conjuntos habitacionais na região

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 11/02/2022
Horário 17:50
Foto: Polícia Civil
Policiais civis prenderam, na manhã desta sexta, dois de quatro indivíduos condenados pela prática de associação criminosa e fraude à licitação
Policiais civis prenderam, na manhã desta sexta, dois de quatro indivíduos condenados pela prática de associação criminosa e fraude à licitação

Na manhã desta sexta-feira, dois de quatro indivíduos condenados pela prática de associação criminosa e fraude à licitação foram presos por policiais civis da equipe de capturas do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) de Presidente Prudente, que prestaram auxílio à Delegacia Seccional de Polícia de Dracena. Os outros dois condenados pela Justiça não foram localizados e estão foragidos. 
A ação faz parte da Operação Pomar, que investiga a associação dos autores de uma quadrilha que arquitetou, entre os anos de 2000 e 2007, um esquema capaz de criar várias empresas para participar de licitações destinadas ao gerenciamento e à construção de conjuntos habitacionais com verbas repassadas pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), de modo que, efetivamente, apenas uma empresa concorria e, assim, os preços eram majorados. 
O grupo se responsabilizava pelos projetos, planilhas de quantidade de materiais e infraestrutura das obras. Com o propósito de atingir as metas ilícitas, pagavam valores a funcionários públicos, a funcionários da CDHU e a engenheiros das empresas terceirizadas. As obras eram compostas, em parte, por gerenciamento e treinamento de mutirantes, o que representava 20,85% do valor global do empreendimento. O restante era composto pela aquisição dos materiais de construção. 
A quadrilha quase sempre vencia as licitações para gerenciamento das obras. Em empreendimentos pequenos, fraudavam-se as cartas-convite e, nas obras maiores, conseguiam a inclusão de quesitos que inibiam a participação em tomadas de preço. Após vencer a licitação para o gerenciamento das obras, o próprio grupo fornecia a planilha superdimensionada dos materiais a serem adquiridos. 
Os investigados foram condenados e tiveram suas prisões decretadas, sendo as medidas cumpridas na manhã desta sexta-feira. Agora, as ações da polícia visam localizar e prender os demais envolvidos, que estão foragidos.

 

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