O Comitê da Diversidade de Martinópolis, um coletivo voluntário, independente e sem fins lucrativos, realiza neste sábado (22), a 2ª Parada Afro Cultural da cidade. O comitê, segundo Sabrina Silva, fundadora do comitê e coordenadora geral do evento, é formado por pessoas que acreditam no poder da cultura e da educação. “O evento tem o apoio institucional do município, mas toda a criação, organização e execução é conduzida pelos membros e voluntários do comitê, que atuam em prol da diversidade, da inclusão e da formação cidadã”.
O evento será realizado na Praça Getúlio Vargas, a partir das 17h deste sábado. Segundo Sabrina, a 2ª Parada Afro Cultural, é um momento importante para toda a sociedade, pois promove educação, consciência e cidadania. “O evento fortalece a educação antirracista, incentiva o respeito às diferenças, combate preconceitos e abre diálogo sobre identidade, história e cultura”.
Além disso, Sabrina ressalta que a parada, também movimenta artistas, educadores e fazedores de cultura, gerando conexão comunitária, impulsiona a economia criativa e reafirma que a diversidade é um valor social indispensável. “É um evento que transforma o olhar da comunidade e ampliar o entendimento sobre quem somos enquanto sociedade”.
Valorizar a cultura afro-brasileira
A 2ª Parada Afro Cultural, de acordo com Sabrina, tem a finalidade de valorizar e celebrar a cultura afro-brasileira, fortalecer políticas de educação antirracista e criar espaços de diálogo e pertencimento. “Nós buscamos também reconhecer o talento dos artistas locais, aproximar a comunidade da arte e construir um ambiente onde todas as pessoas se sintam representadas. A Parada é um movimento cultural-educativo que une arte, história, identidade e inclusão, reforçando valores de igualdade e respeito”.
Programação
A programação da 2ª Parada Afro Cultural de Martinópolis, conta com artistas, artesãos e fazedores de cultura de Martinópolis e convidados da região. “O evento é pensado para dar visibilidade ao talento local, fortalecer a cultura da cidade e abrir espaço para quem trabalha com arte, memória, tradição e identidade. Também convidamos alguns artistas da região, quando isso enriquece a programação, mas o foco principal é sempre valorizar o que é nosso”.
Na programação terá:
- música ao vivo (Jão Celeste)
- exposição da Apae da cidade
- apresentação de capoeira Angola (Angoleiros do Sertão)
- apresentação da Escola de Samba Unidos de Vila Alegrete
- oficina de Freestyle (Coletivo Hip Hop)
- trancista Lorena Taáfa Hair
- artesanato (May Oliveira)
- break dance (Robson B-Boy e B-Boy Lu)
- exposição “Vozes Negras Que Transformam” (Comitê da Diversidade)
- Casa Tusla (Tenda de Umbanda Sete Linhas de Aruanda)
- prosa (Amanda Lopes)
- dança (Espaço Cidadão)
Como nasceu a Parada Afro Cultural
Segundo Sabrina, a Parada Afro Cultural surgiu dentro do Comitê da Diversidade de Martinópolis, um coletivo criado em maio de 2024, formado por voluntários que trabalham com as pautas da diversidade - inclusão, direitos humanos, educação, cultura e representatividade. “Entre nossas ações, entendemos que era essencial criar um evento que dessa visibilidade especial à cultura afro-brasileira, por sua importância histórica e social”.
A proposta nasceu do compromisso do comitê com a educação antirracista, com a valorização das raízes culturais e com o fortalecimento das vozes que compõem a diversidade dentro do município. “A primeira edição mostrou a necessidade e a força desse movimento, e a segunda, vem para consolidar esse espaço dentro da nossa cidade”.
