2023 já vai tarde

Sandro Villar

O Espadachim, um cronista a favor da seda e do sedan

CRÔNICA - Sandro Villar

Data 21/12/2023
Horário 05:30

Ainda bem que o sinistro ano de 2023 está com os dias contados. Muito cá entre nós: 2023 já vai tarde até porque foi um ano duro, difícil, bizarro, violento e, no caso da violência, basta lembrar as duas guerras: Rússia contra a OTANistão, quer dizer, Ucrânia e o conflito entre o Israel Sionista e a Palestina, um inferno debaixo do sol.
Aliás, a guerra no Oriente Médio já matou mais de 20 mil pessoas, a maioria palestinos. Eles eram moradores  da Faixa de Gaza. Convém lembrar: desse total de mortos pelo menos 8 mil eram crianças, incluindo bebês. Bibi Cramulhão merece o título de Herodes do ano. E mais: a guerra deixou ao menos 60 mil feridos, muitos em estado considerado grave. 
Sobre essa guerra, surgiu a informação de que há muito gás debaixo da terra na Faixa de Gaza. Estão interessados nesse gás por causa da interrupção do gás que a Rússia fornecia para a Europa até recentemente. Então, está explicado: Israel quer expulsar os palestinos para deixar o terreno livre para a exploração de gás. É a economia, estúpido, como diria aquele assessor do Bill Clinton. A economia explica tudo, como observou o Karlão (Marx). O resto é conversa para o boi e a vaca dormirem.
Não há perspectivas que as duas guerras terminem a curto prazo. Pelo contrário. As fábricas de armas têm interesse no prosseguimento dos conflitos. Elas faturam alto. No popular: bala é grana. O complexo industrial-militar dos EUA dá emprego para muita gente. Até há pouco tempo o número de funcionários passava de 6 mil. Hoje, deve chegar a pelo menos 10 mil. É assim que o mundo é.
Vivemos tempos difíceis, tristes e estranhos. Aliás, são tempos estranhíssimos, se permitem o superlativo. O que esperar de 2024? Não sei até porque não sou vidente, mas de uma coisa tenho certeza: os ricos continuarão cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.
Nenhuma novidade. Desde que o mundo é mundo - e entra ano e sai ano -  os ricos estão por cima da carne-seca. A desigualdade social é abissal, se me permitem esta palavra "estranha". O 1% mais rico da população é dono de 50% das riquezas do mundo (no Brasil é um escândalo), enquanto os outros 99% brigam pela outra metade. Aliás, é uma briga de foice no claro mesmo e não no escuro. 
A coisa está feia, como diz a música do Tião Carreiro e Pardinho, composta pelo meu saudoso amigo Lourival dos Santos, que também era um humorista nato. Torcemos para que a coisa fique menos feia em 2024 e, se você não conseguir realizar seus sonhos, realize pelo menos os seus pesadelos, como dizia Millôr Fernandes. Boas Festas, bons dias e boas noites e não esquente a cachola (aliás, que diabo é cachola?).
 
DROPS

Jogador que faz cera acaba fazendo concorrência desleal aos fabricantes desse produto.

Casamento: o que Deus uniu o cartório não separe.

Quem canta seus males encanta (melhor ter males encantados do que espantados).

Feliz 1958! O Espadachim prevê que o Brasil será campeão na Suécia.

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