3,7 mil casas serão vistoriadas pela VEM em Prudente

De acordo com supervisora da Vigilância Epidemiológica, cidade vem de um histórico de alerta com IB 3,6; período para a coleta de novos dados é de duas semanas

PRUDENTE - SANDRA PRATA

Data 08/01/2019
Horário 05:19
Marcio Oliveira - Agentes da VEM se dividem em sete áreas de Prudente
Marcio Oliveira - Agentes da VEM se dividem em sete áreas de Prudente

Na manhã de ontem, a VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal) deu inicio ao levantamento do primeiro IB (Índice Breteau) do ano em Presidente Prudente. Ao todo, serão 3.760 casas visitadas em sete áreas do município durante duas semanas. A finalidade é vistoriar 40 itens que podem ser propícios para a proliferação do mosquito Aedes aegypti – vetor de doenças como a dengue, zika vírus e chikungunya. Embora ainda não tenha apresentado nenhum caso em 2019, Elaine Bertacco, supervisora da VEM, afirma que a cidade está em estado de alerta. Isso porque em outubro – data do último IB – o índice era de 3,6, ou seja, a cada 100 imóveis existiam 3,6 recipientes contendo larvas do mosquito. O cenário era de 1,5 no mesmo período em 2017. O número de casos também foi maior, 35 contra 16.

Segundo Elaine, as amostras de possíveis larvas que forem encontradas serão encaminhadas a laboratórios para a verificação. Com isso, reforça que a coleta do IB é essencial para que as pastas competentes desenvolvam ações de combate específicas. “Após feito o trabalho de campo, sentamos com a equipe para traçar os planos para melhorar a situação. Tudo vai depender dos resultados, porque em alguns casos envolvem outras secretarias, não apenas a vigilância”, explica. Com base nesses dados, a supervisora afirma que é possível destacar quais zonas locais são mais propensas à proliferação do mosquito e quais recipientes mais propícios a serem criadouros, e, assim, “desenvolver políticas voltadas para esses casos”.

Porém, para que tudo seja realizado com êxito, Elaine enfatiza que deve haver colaboração da população, que “a cada ano que passa tem uma recusa cada vez maior em receber os agentes”. Segundo ela, as desculpas são inúmeras para evitar que a vistoria seja realizada. “As pessoas precisam entender que é algo para o bem da saúde coletiva e para a própria saúde. Muitas vezes, as casas possuem focos e os moradores não sabem, só o agente para encontrar e orientar”, frisa.

Possíveis problemas

O mês de janeiro, devido às chuvas típicas, pode representar um cenário perfeito para a proliferação das larvas, explica Elaine. De acordo com ela, o cuidado com água parada deve ser redobrado. “A dica básica é essa. O mosquito se prolifera na água, então, para evitar, é preciso exterminar os locais com água”, ressalta.

Outra preocupação da VEM é a possível volta do vírus tipo 2 da dengue. Conforme Elaine, esse tipo já esteve presente em Prudente no ano de 2010, época em que foram constatados 200 casos. “Até o momento, o que prevalece na cidade é o tipo 1, se outros aparecerem ou voltarem, os casos aumentam e as situações graves também”, pontua.

SAIBA MAIS

O Índice Breteau deve ser realizado no mínimo três vezes ao ano. De acordo com Elaine, no ano passado Prudente teve dados coletados em janeiro, maio, julho e outubro. Na ocasião são verificados itens como pratos de planta, ralos externos, pneus, garrafas retornáveis, plásticos não utilizáveis e outros.

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