36 cidades da região contribuem para descarte de 300 t de lixo e areia por mês na rede de esgoto

Levantamento considera os sete primeiros meses do ano e inclui 62 cidades atendidas pela Sabesp; prática causa prejuízos ambientais e impede reciclagem

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 21/09/2021
Horário 15:58
Foto: Sabesp
Material descartado pode causar obstrução e rompimento das redes coletoras
Material descartado pode causar obstrução e rompimento das redes coletoras

Um levantamento da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) aponta que são retiradas, em média, 293,5 toneladas de lixo e areia por mês dos sistemas de esgoto em 62 cidades atendidas pela empresa, que incluem 36 da região de Presidente Prudente. O estudo considera os sete primeiros meses (janeiro a julho) de 2021 e aponta que cada imóvel conectado à rede de esgoto na região descarta, por mês, 750 gramas de resíduos que não deveriam ser lançados no sistema de esgoto.

O material descartado, além de causar obstrução e rompimento das redes coletoras, provoca transtornos aos próprios clientes, como o retorno do esgoto para dentro dos imóveis. Em média, a Sabesp realiza 600 desobstruções de rede e ramais de esgoto por mês nas cidades pesquisadas. Outro grande prejuízo ambiental causado pela prática é que, após o contato com o esgoto, materiais como papéis, plásticos e vidros já não podem mais ser reciclados.

Entre os detritos encontrados nas redes coletoras e nas estações elevatórias e de tratamento de esgoto estão peças de roupas, fraldas descartáveis, escovas, pastas de dentes e embalagens plásticas em geral. Todos estes materiais deveriam ser destinados às lixeiras e não a pias, ralos e vasos sanitário. Já o óleo de cozinha deve ser armazenado em garrafas plásticas e entregue em pontos de coleta para reciclagem.

Areia

A areia, outro material encontrado em grande quantidade entre os resíduos, muitas vezes é carreada pela água da chuva para os sistemas da companhia. Isso se dá em decorrência das ligações irregulares de águas pluviais na rede coletora de esgoto. Por isso, é importante que as residências tenham saídas separadas: uma para a água da chuva, que segue para as galerias de águas pluviais, e outra para o esgoto, que necessita de tratamento antes de retornar ao meio ambiente.

As cidades que fazem parte do levantamento são Adamantina, Anhumas, Alfredo Marcondes, Álvares Machado, Álvaro de Carvalho, Arco Íris, Assis, Bastos, Borá, Caiabu, Cruzália, Echaporã, Emilianópolis, Estrela do Norte, Euclides da Cunha, Flora Rica, Flórida Paulista, Florínea, Gabriel Monteiro, Iacri, Inúbia Paulista, Lucélia, Lutécia, Luiziânia, Marabá Paulista, Maracaí, Mariápolis, Mirante do Paranapanema, Narandiba, Nova Guataporanga, Oriente, Oscar Bressane, Osvaldo Cruz, Parapuã, Pedrinhas Paulista, Paraguaçu Paulista, Piacatu, Piquerobi, Pirapozinho, Platina, Pracinha, Presidente Bernardes, Presidente Epitácio, Presidente Prudente, Quatá, Queiroz, Quintana, Regente Feijó, Ribeirão dos Índios, Rosana, Sagres, Santo Expedito, Salmourão, Sandovalina, Santa Mercedes, Santo Anastácio, Santópolis do Aguapeí, Taciba, Tarabai, Tarumã, Teodoro Sampaio e Tupã.

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