46 loteamentos passam pelo crivo da Seplan

São 26 lotes de interesse social e 20 de condomínios até o momento; durante todo o ano de 2017, foram 84 solicitações

PRUDENTE - SANDRA PRATA

Data 13/05/2018
Horário 06:56
Marcio Oliveira, Soma dos pedidos de abertura de loteamentos já ultrapassou a metade de todo o ano passado
Marcio Oliveira, Soma dos pedidos de abertura de loteamentos já ultrapassou a metade de todo o ano passado

Com 46 solicitações de abertura de lotes, a Seplan (Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Habitação) de Presidente Prudente, de acordo com o Diário Oficial Online da Prefeitura, publicou o edital de aprovação de um novo loteamento, para a implantação de um residencial na cidade. Todavia, não é o único. O mercado imobiliário está em constante expansão na cidade desde 2008, ao passo que a soma dos primeiros meses deste ano já ultrapassou a metade (54,76%) do total de pedidos feitos durante todo o ano passado. São 26 lotes de interesse social e 20 de condomínios até o momento. Em 2017, foram 84 solicitações, 39 sociais e 45 destinadas a condomínios, segundo os dados do secretário de Planejamento, José Nivaldo Luchetti.

Com um cenário que abriga vários investidores no setor, houve, conforme ele, um crescimento nos últimos dez anos, tanto em concorrência, quanto na demanda desse ramo na cidade, criando praticamente um boom imobiliário. “Houve uma época em que Prudente ficou estagnada no mercado, mas hoje com a chegada de grandes empresas, não existe mais demanda reprimida, todo mundo que tem empreendido está conseguindo vender aqui”, explica.

Prova disso é o fato de algumas empresas terem pressa para a aprovação de empreendimentos, devido à falta de produtos com a alta procura. “Esses dias um representante de uma incorporadora disse que estava sem terrenos para vender, já tinha vendido todos, o mercado está aquecido”, pontua. Sobre os segmentos mais apostados por parte dos empresários, Luchetti destaca desde loteamentos até condomínios fechados.

 

Por que morar em PP?

Com 100 anos de existência, a cidade é famosa pelo clima de altas temperaturas, mas por que é atrativa para novos moradores? Segundo o delegado regional do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), Alberico Pasqualini, é possível listar diversos fatores para responder a essa questão. “É uma cidade com um Judiciário forte, que passa uma boa segurança para que as pessoas comprem e construam moradias, limpa, bem arborizada e uma das únicas duas cidades do Estado que não enfrenta problemas com abastecimento de água. Isso tudo reflete no mercado, por isso sou otimista em relação a Prudente”.

Outro fator destacado por ele é a mudança de polo estudantil para destino de novos moradores. “Antes as pessoas vinham aqui estudar, hoje é o contrário, temos mercado de emprego para todos. As pessoas saem e trazem seus familiares. Só quem mora aqui sabe a qualidade, não temos problemas sociais que outras cidades têm”, conta Alberico.

 

Terra nova

Uma das empresas que está chegando na cidade é a LRG. Com planos de implantar até oito condomínios na cidade, está passando por fase de aprovação do primeiro empreendimento prudentino. Segundo Roberto Grosso, proprietário da empresa, o objetivo é implantar mais de mil casas. No mercado imobiliário há mais de 15 anos, avalia a cidade com uma grande demanda e necessitada de produtos diferenciados, como condomínios fechados.

Todavia, Roberto afirma, quando o assunto é crise, que o mercado de imóveis tem se recuperado nos últimos seis meses de uma retraída que durava desde 2014. “Houve uma queda em todos os segmentos da construção civil, loteamentos, apartamentos. O público que trabalho que é a classe média, que sofreu menos, mas sofreu também”.

Todavia, ele afirma que a expectativa é que assim como nesses últimos meses, a demanda volte a melhorar principalmente com ajuda de financiamentos oferecidos pelo governo. “O consumidor quer um produto diferenciado que se encaixe dentro do salário, por isso, esperamos maior disponibilidade de recursos, não vejo preocupação negativa, construção civil é que mais gera emprego imediato, e emprego é o que o país precisa”, finaliza Roberto.

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