O quarto parlamentar envolvido nas investigações da Operação Devassa vai a julgamento hoje na Câmara Municipal de Rosana. A sessão de análise do processo de cassação do vereador Filomeno Carlos Toso, Filomeno Tratorista (PTB), terá início a partir das 9h, no plenário do Legislativo rosanense. Ainda ontem, outro envolvido no inquérito, Valdemir Santana dos Santos, Demi da Gleba (PPS), teve seu processo julgado pela casa de leis, porém, a sessão ainda não havia sido encerrada até o fechamento desta matéria, por volta das 20h.
Câmara promoveu julgamento de Demi da Gleba ontem
Além deles, outros dois parlamentares já passaram pelos mesmos processos e tiveram seus mandatos cassados pela Câmara da cidade na última semana. Como noticiado por
O Imparcial,
Cícero Simplício, Cição (PTB), foi cassado na madrugada do dia 29 de junho, após cerca de 16 horas de sessão. Enquanto que o ex-primeiro-secretário do Legislativo, Walter Gomes da Silva, Walter da Gleba (PTB), foi cassado no dia 30 do mesmo mês, 12 horas após a abertura da sessão de julgamento.
Depois da sessão de julgamento de Filomeno Tratorista, restará apenas Roberto Fernandes Moya Júnior (PSDB), Júnior da Saúde, ex-presidente da casa de leis, para ser julgado. A apreciação de seu processo está agendada para amanhã, a partir das 8h, no plenário da Câmara de Rosana.
Todos eles foram afastados do Legislativo rosanense em 25 de janeiro deste ano, durante a Operação Devassa, que apontou irregularidades nos pagamentos de diárias de viagens. Os vereadores, além de quatro funcionários da casa de leis, são citados em duas ações movidas pelo MPE (Ministério Público Estadual): uma ação penal, pelo crime de peculato, e uma ação civil pública, por improbidade administrativa.
Sessões de julgamento
As sessões de julgamento seguem determinação de uma CP (Comissão Processante) constituída em 18 de abril deste ano pelo Legislativo. Durante a reunião, os processos são lidos integralmente. Além disso, cada vereador pode se manifestar verbalmente pelo tempo máximo de 15 minutos cada um. Ao final, os denunciados, ou mesmo seus procuradores, têm o prazo máximo de duas horas para fazer a defesa verbal. Em seguida é realizada a votação, que transcorre de maneira secreta e pode culminar na cassação ou não dos parlamentares. A reportagem tentou contato com os vereadores envolvidos nas investigações, porém, não obteve sucesso nas ligações.