5 mil pessoas possuem deficiência auditiva em Prudente, expõe IBGE

Hoje é lembrado como o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez. Em Presidente Prudente, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 5.290 apresentam algum grau de deficiência auditiva. Por conta disso, a Coordenadoria Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência tem realizado ações para promover melhorias à parcela da população que sofre de surdez.

O coordenador municipal Douglas Kato Pauluzi, relata que essas pessoas necessitam de uma atenção especial devido às restrições que possuem. "Nós trabalhamos para aumentar o acesso delas aos lugares privados e públicos, principalmente apresentando uma maior divulgação de comunicação visual com informações necessárias em cartazes, por exemplo. Afinal, os deficientes auditivos precisam para sanar dúvidas como qualquer cidadão", explica

Ainda de acordo com Kato, muitas empresas têm dado oportunidade a pessoas acometidas pela surdez. "Com o nosso trabalho de inclusão, já conseguimos acesso ao mercado de trabalho para três pessoas com essa deficiência", completa.

A professora de Licenciatura em Libras da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) e da Escola Estadual Professor Hugo Miele, Valéria Isaura de Souza, fala sobre a importância de aumentar o acesso dessas pessoas ao mercado de trabalho e melhorar a disponibilização de informações nos locais que elas frequentam. "Os surdos encontram dificuldades de inserção no mercado, pois existem pessoas com grande capacidade e os empregadores não têm dado atenção especial a elas. E em relação à informação, são necessárias pessoas qualificadas, como intérpretes, para auxiliar o surdo em lugares públicos, por exemplo", conta.

Souza atende 12 crianças surdas na escola onde faz um atendimento educacional especializado (AEE). "Elas aprendem desde a linguagem maternal dos sinais até a Língua Portuguesa", explica.

Segundo dados disponibilizados pelo Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, de São Paulo, a dificuldade de ouvir afeta 9,7 milhões de pessoas no Brasil (5% da população) e destas, quase 2 milhões apresentam grau severo, com muita dificuldade mesmo usando um aparelho auditivo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 42 milhões de pessoas com mais de 3 anos têm algum tipo de deficiência auditiva, de grau moderado a profundo.