60% das pessoas têm nódulos na tireoide

PRUDENTE - Estevão Salomão

Data 28/01/2016
Horário 06:08
 

De acordo com a SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), estima-se que 60% da população brasileira tenha nódulos na tireoide em algum momento da vida, sendo que 5% serão malignos. Percentual que, de acordo com o endocrinologista Simão da Silva Bastos Neto, evidencia a necessidade do diagnóstico precoce da doença, haja vista os "avançados sistemas de detecção", bem como a alta chance de cura em casos de exames antecipados.

Emagrecimento repentino, insônia, cansaço, inchaço e fadiga. Estes são alguns dos principais indícios da tireoide, uma glândula endócrina situada próximo da laringe e, quando irregular, é a responsável pela disfunção hormonal, ocasionando, assim, o hipertireoidismo e o hipotireoidismo. Estes, por sua vez, causam sintomas em diferentes órgãos do corpo humano, atingindo especialmente mulheres, mais comumente aquelas acima de 40 anos de idade.

Simão informa que o hipotireoidismo é o distúrbio mais comum na população em geral, principalmente em mulheres, uma vez que os fatores genéticos, bem como os hereditários são os determinantes para a evolução da doença. Em relação aos perfis suscetíveis, o especialista esclarece que, apesar da maior incidência no gênero feminino e na idade adulta, a identificação também está propícia em homens e crianças, uma vez que a disfunção "age conforme o funcionamento do próprio organismo, e, por ser uma doença autoimune, os anticorpos atacam o próprio sistema, neste caso, a glândula".

Ainda conforme o endocrinologista, o reconhecimento prematuro da doença pode salvar vidas, sendo que, para tanto, a palpitação da glândula é de "extrema importância". Se identificada, o próximo passo é buscar o auxílio médico, tendo conhecimento de "uma série de exames complementares para confirmar ou descartar dua presença". Com base na possibilidade da criança já nascer com o problema, é preciso priorizar a realização do teste do pezinho, que deve ser feito, preferencialmente, entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê.

 

Distinção

Tendo em vista a explicação do médico sobre a classificação da tireoide em segmentos, é importante conhecer as características de cada uma deles, sobretudo sobre os sintomas gerais desta patologia, a qual atua no crescimento; no peso; memória, na regulação dos ciclos menstruais; na fertilidade; concentração; e no controle emocional.

A ocorrência de hipertireoidismo se deve, conforme Simão, à fabricação exagerada de hormônios, consentindo assim no funcionamento irregular do intestino; do coração; e na alteração do crescimento. Já o hipertireodismo, ao contrário do anterior, se desenvolve por meio da escassez na produção hormonal, tendo como consequência o emagrecimento; taquicardia; agitação; insônia; e variação no humor.

 

SAIBA MAIS


AUTOEXAME

Em sua forma mais suave, o hipertireoidismo pode não apresentar sintomas facilmente reconhecíveis, sendo que o sistema de tratamento e de cirurgia está relacionado diretamente com a evolução do caso. Entretanto, àqueles que quiserem fazer o autoexame da tireoide devem seguir os seguintes passos:

 

- Segure o espelho e procure no seu pescoço a região logo abaixo do "pomo de adão" (popularmente conhecido como gogó). Sua tireóide está localizada aí;

- Estenda a cabeça para trás para que esta região fique mais exposta. Focalize-a pelo espelho.
- Beba um gole de água e engula;

- Com o ato de engolir, a tireoide sobe e desce. Observe se há alguma protrusão ou nódulos na sua tireoide;

- Ao notar protrusões, procure seu endocrinologista;

- Atenção: Não confunda a tireoide com seu "pomo de adão". Repita este teste várias vezes até ter certeza. Fonte: SBEM
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