A amizade continua... 

Persio Isaac

CRÔNICA - Persio Isaac

Data 27/09/2020
Horário 07:56

Mulher Maravilha me deixa no centro, bem perto da Catedral. Fui caminhando em plena liberdade, sentindo os raios quentes da luz do sol. Tinha um encontro marcado com o Bruno Maluly na sua Rádio Prudente. Cheguei um pouco antes do horário combinado, mas logo fui atendido. Terminada a reunião, comecei a descer a Avenida Washington Luiz a pé, em direção ao Tênis Clube. Chegando lá encontro o amigo Padilha, o melhor nadador prudentino da nossa história. Vou até a gerência encontrar o gerente do clube, o Fábio. 
Perto das 18h vou para a sauna. Toda quarta-feira é dia de banquete que o Luis Carlos Lambança oferece aos amigos. Lambança é um amigo generoso, um expert em gastronomia. Certeza que lá estarão: Zé Garcia, Dr. Fábio Stabile, Peru, Maringá, Cidão, Afranio, Luiz Semensati, Walmir, o popular, Branco, Zé da Massa Pura, Nilsinho da Sfera Seguros, Zé Clovis e o Oswaldinho, que não gosta de ser chamado de "Parafuso". Como a gente se diverte. É uma terapia estar com esses queridos amigos, só palhaçada e cornetagem. 
Lá pelas 20h chega o Marcos Ferro que me cumprimenta, me chamando de poeta. Diz que gosta das crônicas que escrevo. Papo vai, papo vem, fofoca vai, fofoca vem, os risos misturados com salada, tomates, pães, salsichas, cervejas, amendoins, pipocas e o gostoso chá gelado da sauna. Dali a pouco chega o ilustre advogado, Dr. Jailton Santiago, um homem que tem uma história de vida inspiradora. 
De repente o Marcos Ferro olha para mim e diz: Vou te contar uma história que vivi há 45 anos, faz tempo que quero te contar. Puxa Marcão, por que demorou tanto tempo assim? Ele começa a contar: Eu fazia Faculdade de Engenharia em Bauru e para vir a Prudente era uma mão de obra danada. Os horários dos ônibus não batiam com os da faculdade. Sem dinheiro ia para o trevo de Bauru pegar carona. 
Num desses dias, estava eu e meu irmão, Álvaro, quando parou uma variante, carro top da época, com um casal que perguntou: Vocês vão pra onde? Presidente Prudente. Puxa vida, nós moramos lá, entram aí. Começamos a conversar e ele perguntou o meu nome: Marcos Ferro. Senti que o Marcão começou a ficar emocionado. O tal senhor ficou surpreso e perguntou para o Marcos: O que você é do Álvaro Ferro? Eu sou filho e esse aqui é meu irmão, Álvaro. Esse senhor ficou numa felicidade, pois o meu pai, Persio, era muito amigo dele. Uma deliciosa coincidência. A viagem foi uma delícia. Viemos conversando, rindo com esse casal. 
Puxa Marcão que sorte, né. O Marcos olha para mim e diz: "Esse casal eram seus pais". Meus pais? Sim. Toda vez que via seu pai eu o reverenciava. Aí a emoção tomou conta, abracei o Marcos e lhe dei um beijo de irmão. Meu pai foi muito amigo do pai do Marcos que deixaram essa grande herança chamada amizade. Ela continua com os filhos sem ter um ponto final.
 

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