Assim como o vírus se tornou universal, a exaustão também. O mundo está esgotado. De modo especial tenho presenciado a prostração entre os cristãos. Pesa na alma testemunhar a agonia de tantas pessoas. A minha palavra é de ânimo a todos nós. As crises do passado se somaram a outras que surgiram e, hoje se juntam a crise sanitária pandêmica. O cristão possui a missão de responder à realidade que enfrenta. O grande trabalho de evangelização a ser realizado não é “quando tudo voltar ao normal”. O grande anúncio cristão é hoje. Penso que o testemunho deva acontecer na época atual, ainda que nos bastidores, a saber: o amor atento a necessidade alheia, a obediência madura as orientações, o cuidado com a vida, a perseverança cristã obstinada, a presença vigilante dos pastores junto a seu povo, a oração convicta e constante, a adesão fiel as cruzes diárias, a misericórdia irrestrita. A atenção não reside no que será amanhã. Todavia, precisa estar alojada no que se pode fazer já. A igreja "em saída” pede agora que saiamos de nossos interesses particulares. É ir ao encontro, mesmo isolados, de inúmeros pais e mães de famílias que não possuem escolhas: saem de suas casas e enfrentam o vírus, pois, o pão de cada dia deve ser batalhado. A disposição não é para o “normal de amanhã”. A disposição é vital hoje. O meu entusiasmo em seguir adiante está escondido na dor do outro. A aflição do irmão me inspira e me pede: não esmoreça. Aí eu sigo! Avanço mesmo que eu tenha que chorar com quem chora. Isso é cristianismo, isto é, permanecer comunidade mesmo que não possamos nos reunir. Me ensinaram que cristão doa a vida. Que nada procure me ludibriar me dizendo o contrário e, que eu não perca esse ideal. Mas, repito: todos estão cansados. Não exclusivamente eu. É triste, mas muitos estão cansados de existir. A nós cristãos, muito mais do que existir, sejamos! Sejamos a mão de Jesus estendida em direção aos caídos pelo caminho. Cristão persevera na exaustão, pois reconhece que é um bom momento para amar. Não fazer nada em prol dos padecentes deve ser para nós o maior dos cansaços. Antes de cansar da realidade, canse de cruzar os braços. Seja criativo, pois, quem espera um auxílio humano, também cansa de esperar. Onde existe cristão, não pode haver indiferença e acomodação. Coragem minha gente. A tempestade está a nossa volta, e não será por isso que Jesus não estará no barco. Muitos sofreram antes de nós e, nos ensinaram a ressignificar a dor (Cf. II Cor 11,22-33). O grande sentido da vida está em caminhar e jamais se ausentar. Quando você vir um pai de família, pense que está sendo difícil para ele também! (Autor: padre Rafael Moreira Campos).
MINI SERMÃO:
Solenidade de Pentecostes (Jo 20,19-23)
Sem a luz que acode, nada o homem pode, nenhum bem há nele. Pentecostes é o Amor derramado em nós. O fogo é o Amor. Esse deve estar aceso em todo lugar. O que adianta falar línguas estranhas e estranhar o irmão? Do medo ao perdão dos pecados. Vá a procura do vento e do fogo do Espírito. Ateie fogo no mundo: ame! Seja um cristão altamente inflamável. Em qualquer atrito dispare a chama do Amor. (Autor: padre Rafael Moreira Campos).
AGENDA DO BISPO – DOM BENEDITO GONÇALVES DOS SANTOS:
Domingo dia 23 de maio: Crisma, às 18h30min – Paróquia São José, Euclides da Cunha Paulista.
Segunda-feira dia 24 de maio: Missa, às 18h30min – Paróquia Nossa Senhora Mãe da Igreja, Pres. Prudente.
Sábado dia 29 de maio: Crisma, às 18h – Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Tarabai.
Domingo dia 30 de maio: Missa, às 8h e às 10h – Catedral São Sebastião, Pres. Prudente.
MENSAGEM DO PAPA:
A Igreja nasceu assim: diversos, unidos pelo Espírito Santo. [...] Eram todos diferentes. Jesus não os mudara, nem os uniformizara, tornando-os modelos em série. Não. Deixara as suas diversidades; e agora une-os, ungindo-os com o Espírito Santo. A união – a união deles que eram diversos – vem com a unção. No Pentecostes, os Apóstolos compreendem a força unificadora do Espírito. Veem-na com os próprios olhos, ao constatar que todos, apesar de falar línguas diversas, formam um só povo: o povo de Deus, plasmado pelo Espírito, que tece a unidade com as nossas diferenças, que dá harmonia porque, no Espírito, há harmonia. Ele é a harmonia. O que é que nos une, em que se baseia a nossa unidade? Também entre nós existem diversidades, por exemplo de opinião, preferência, sensibilidade. o nosso princípio de unidade é o Espírito Santo. Espírito Santo, memória de Deus, reavivai em nós a lembrança do dom recebido. Libertai-nos das paralisias do egoísmo e acendei em nós o desejo de servir, de fazer bem. Porque pior do que esta crise, só o drama de a desperdiçar fechando-nos em nós mesmos. Vinde, Espírito Santo!
(Fonte: www.vatican.va/content/francesco/pt/homilies)
Padre Rafael Moreira Campos
Vigário da Paróquia São João Batista – Pirapozinho/SP
"Ouse ser o melhor. Ame!"
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Informações: Cúria Diocesana (18) 3918-5000
