A questão não é dinheiro, e sim interesse!

OPINIÃO - Marcos Alves Borba

Data 06/09/2023
Horário 04:30

Quando passamos a imaginar o quanto que o nosso planeta precisa, para que os menos favorecidos possam matar a sua fome, sentimos que o caminho é de construção e ao mesmo tempo tenebroso. A ideia, teoricamente, sem muita distinção de fatos que nos obrigam a buscar e criar alternativas precisas de necessidade, nos deixa perplexos diante de dotes e interesses que nos surpreendem e muito. É um trabalho de formiguinha, mas se uma grande parte unificasse linhas de condutas e discernimentos naquilo que precisa ser feito, o caminho em construção teria o seu efeito de resultados positivos aos menos necessitados.  
Mas, o que disse Elon Musk, um dos homens mais rico do mundo, sobre a fome no mundo? “$ 6 bilhões não vão resolver a fome mundial, mas vão prevenir a instabilidade geopolítica, a migração em massa e salvar 42 milhões de pessoas à beira da fome. Uma crise sem precedentes e uma tempestade perfeita devido à Covid/conflitos/crises climáticas”. E disse mais ainda: Posso até contribuir, desde que façam um acompanhamento preciso de tudo que for gasto. 
Esse mesmo homem, de 51 anos, empreendedor, proprietário do Twitter, está interessado em fazer uma proposta de 4,5 bilhões de libras (cerca de R$ 28 bilhões, na cotação atual) para comprar o Manchester United, da Inglaterra. Se fizermos uma analogia de importância e necessidade que determinados interesses podem somar a quem realmente não tem onde gastar aquilo que tem, podemos considerar isso realmente como sendo um caso totalmente insano. Mas, em um mundo de enormes adversidades, inversão de valores, e que tendo onde investir para render um pouco mais, seja possível, não é mesmo? 
Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), se a gente pegasse US$ 2,224 trilhões para investir em alimentação, a gente acabaria com a fome dos 735 milhões de pessoas que estão passando fome. Um dos caminhos, no qual estão sendo estimulados, são projetos ligados às escolas de campo para agricultores, onde estudantes aprendem na prática gestão de negócios agrícolas, comercialização de produtos, conscientização do mercado e adaptação às mudanças climáticas para aumento de resiliência. 
Tudo isso na verdade é um grande processo, e na nossa humilde linha de raciocínio por esse caminho, precisamos insistemente acreditar que também, através de políticas públicas, esse norte tem na sua essência um grande caminho a ser percorrído, desde que tenhamos nossos gestores políticos empenhados nessa ação.  
O nosso Brasil, no qual a sua extensão térrea produtiva e climática, seja um colírio aos olhos de muitos países em fase de crescimento e expansão, infelizmente, e já algum tempo, não vem tendo essa disposição de sua enorme geração de renda nesse quesito. E aos poucos, poderemos não ser tão esquecidos, mas o resto do mundo nos cobrará tudo isso!
 

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