A sogra e o genro 

Sandro Villar

COLUNA - Sandro Villar

Data 18/02/2024
Horário 05:17

Depois que ficou viúva, dona Ivonete, cujo marido coincidentemente se chamava Ivo, teve outro dissabor. São as agruras da vida, aquela história de que desgraça pouca não é bobagem. A velhota foi despejada do sobrado onde morava na periferia da cidade, que em outros tempos as pessoas chamavam de arrabalde, uma bela palavra sem dúvida alguma. Ela não pagou o aluguel e foi obrigada a deixar a moradia. Desiludida com quase tudo, ela foi morar de favor na casa de uma amiga. Com a sua "rica" aposentadoria dona Ivonete ajudava a pagar as despesas, incluindo contas de luz e água. Aliás, a conta de luz alta que, hoje, dá choque no consumidor. A amiga também já queimava óleo 40, ou seja, estava com a idade mais avançada do que jogador em impedimento.
Até que elas se davam bem, se divertiam juntas e viajavam Brasil afora, incluindo aí cruzeiros pela costa brasileira. Com o tempo, porém, a amizade começou a ficar "corroída", e o que era doce começou a ficar salgado. A coisa ficou insustentável para dona Ivonete, assim como para o Riaj. "Cai fora da minha casa, sua ingrata", ordenou a amiga, que virou uma inimiga agressiva e disposta a tudo, inclusive sair no tapa com Ivonete.
Àquela altura do certame a macróbia (Meu Deus, que cronista erudito, sô!) só encontrou uma saída até porque a grana, antes "comprida", tinha ficado "curta".  Contou seu drama à filha casada com um sujeito troncudo e marombado de tanto malhar na academia. "Claro, mãe, vem morar conosco", disse a filha compreensiva. Dona Ivonete foi de mala e cuia para a casa da filha, que morava em um bairro nobre. Ela saiu de fininho da casa da amiga. Ou saiu à francesa, para deixar este texto mais moderninho.
Depois de chegar, num domingo à tarde, dona Ivonete levou um baita susto ao entrar na sala da casa. O genro estava nu. Isto mesmo: o sujeito só andava peladão em seu lar doce lar e, pensando bem, ninguém tem nada com isso. "Que pouca vergonha é essa", falou quase sussurrando para a filha. Ao que a mulher do sujeito emendou: "É costume dele, desde que casamos ele prefere andar nu em pelo", brincou a filha, acrescentando que só de vez em quando o marido usava bermuda. 
Diante do espanto da sogra o genro prometeu tomar uma providência. De fato, tomou a tal de providência. Ele comprou uma bermuda especial na 25 de Março. Apesar de ser uma peça de roupa especial, dona Ivonete reprovou. Não gostou nadinha. A bermuda era transparente.   


DROPS


O ano começou. Acabou o carnaval.


O carnaval não é uma festa pagã. É uma festa paga.


Temos três barrigas ou as barrigas das pernas não contam?


O Brasil está mais separado do que ponta de língua de cobra.


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