Quando eu era criança pequena, sempre ouvia alguém contar piadas antigas relacionadas a filmes inexistentes. Se bem me lembro, a turma anunciava que o "filme" da semana, por exemplo, era "Poeiras Em Alto-Mar", o que não deixa de ser divertido até porque a poeira não é notada em alto-mar, a menos que seja poeira nuclear invisível, resultado das radiações de explosões de bombas atômicas (testes e as duas contra o Japão).
Outro "filme" famoso da época era o "clássico" "A Volta dos Que Não Foram". "Sabem que filme vai passar hoje no Cine Central?", perguntava um gaiato. Ele nem esperava algum moleque articular a resposta e ele mesmo respondia: "A Volta dos Que Não Foram".
Lembrei-me desta brincadeira dos "filmes" para comentar um assunto sério. É a volta daquele que não foi embora, ou seja, o novo coronavírus, que causa a pneumonia conhecida como Covid-19. Quando se vê aglomerações em todos os cantos e rincões, dá a impressão de que a pandemia acabou pelo menos no Brasil.
Ao contrário, o país corre o risco de ter uma segunda onda da doença, como se verifica na Europa. A Itália registrou esta semana número trágico de vítimas, semelhante ao do começo do ano. Não dá para baixar a guarda. Máscara dia e noite.
Há esperança ainda: as vacinas em produção são promissoras e já apresentam eficácia e segurança de 95%, como é o caso da vacina da Pfizer. As vacinas Oxford e CoronaVac também fazem bonito. Tomara que as outras vacinas também sejam seguras e eficazes. Caso contrário, nem lokdown amenizará o problema e o mundo será fechado para balanço.
DROPS
Uma coisa o coronavírus e o fígado têm em comum: ambos detestam álcool.
Eleição, agora, só em 2022, mas até lá continue fazendo política e não politicagem.
Filme da Semana no Cine Brasil: "A Saliva e a Pólvora", estrelando grande elenco cafona e nonsense.
Aviso aos pescadores: os riachos também não estão pra peixe.
