Abóbora cabotiá da região passa a ser vendida para Argentina sob nova regra

Cristiano Machado

A partir de agora, abóbora, melão e melancia destinados ao mercado argentino passam a ser certificados na fronteira, e não mais na propriedade rural de origem

COLUNA - Cristiano Machado

Data 11/08/2022
Horário 06:00
Foto: Carolina Reis\SFA-SP

Por Ana Maio
DE SÃO PAULO

A região de Presidente Prudente, no oeste de São Paulo, começa neste mês a colheita da abóbora cabotiá que só poderá ser exportada para a Argentina pela nova regra firmada entre o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)  o país vizinho. A mudança implica principalmente na certificação dos produtos, que até então era feita na propriedade rural durante a colheita. Essas abóboras e outras cucurbitáceas (melão, pepino, melancia e etc) agora passam a ser certificadas nas áreas de fronteira, onde atua a Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro).
A alteração da regra está no plano de trabalho para exportação para a Argentina de cucurbitáceas produzidas no Brasil sob o SMR (Sistema de Mitigação de Risco) da mosca-sul-americana-das-cucurbitáceas, como é conhecida a Anastrepha grandis. Embora essa mosca seja considerada de importância secundária no Brasil, no país vizinho ela tem um status de importância quarentenária (praga, sem controle, pode causar impactos econômicos significativos na produção).
 
Em Indiana
Para explicar as mudanças e supervisionar o SMR naquela região, auditores fiscais da SFA-SP (Superintendência Federal de Agricultura de São Paulo) e servidores da CDA (Coordenadoria de Defesa Agropecuária), ligada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, estiveram em Indiana de 19 a 21 de julho.
 
Vistoria
Eles se reuniram para alinhar os trabalhos, visitaram a casa de embalagem (local em que os frutos são beneficiados, classificados e embalados) e fizeram vistoria do campo para que a CDA pudesse realizar uma inspeção e corte de frutos. “Para exportar, o produtor e a CDA têm que seguir os procedimentos do SMR descritos no Plano de trabalho e Instrução Normativa 16/2006. Nós aproveitamos essa vistoria para realizar a supervisão do SMR, ou seja, verificar se atenderam todos os requisitos para habilitar a propriedade para exportação naquela safra”, explicou Carolina de Araújo Reis, chefe do Serviço de Fiscalização de Insumos e Sanidade Vegetal da SFA-SP.
 
Monitoramento
Segundo ela, as propriedades cadastradas no SMR devem monitorar a mosca-sul-americana-das-cucurbitáceas. Levantamentos fitossanitários devem ser feitos com uso de armadilhas que atraem os insetos. Toda semana o material capturado deve ser coletado e enviado para análise em laboratório credenciado pelo Mapa. O grupo também visitou um dos laboratórios que atende os produtores locais, além de se reunir com responsáveis técnicos da região para esclarecer dúvidas em relação às mudanças previstas no plano de trabalho. (Da comunicação da SFA/SP)


Mudança implica principalmente na certificação dos produtos, que até então era feita na propriedade rural durante a colheita

Prudente colheu 93,5 toneladas de batata-doce em 2021

Agência Brasil

Dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) apontam que a região de Prudente colheu, no ano passado, 93.534 toneladas de batata-doce. A área plantada foi de 4.425 ha, o que resultou em uma produtividade média de mais de 21 ton/ha. O oeste paulista é a principal produtora da cultura no Estado de São Paulo. Por isso, a importância da 3ª Feira Tecnológica da Batata-Doce (Batatec), que ocorre de 11 a 14 de agosto, no Centro Cultural Matarazzo, em Prudente.
O setor de batata-doce tem sido brindado a cada ano com novas cultivares desenvolvidas pela APTA Regional e pelo Instituto Agronômico (IAC-APTA), unidades da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado. Buscando trazer melhores características produtivas e agregar novos aspectos sensoriais, as cultivares desenvolvidas pelos órgãos de pesquisa têm atraído a atenção do setor produtivo.
Algumas dessas variedades estarão disponíveis para os produtores rurais conhecerem durante o evento.  “Há uma jornada científica, com palestras e apresentações, mas também espaço para festividades e gastronomia, sempre envolvendo a batata-doce”, conta a pesquisadora da APTA Regional local, Amarílis Beraldo Rós.
“As cultivares desenvolvidas pela APTA permitirão aumento de produtividade da cultura, incremento de renda do produtor rural e atendimento de nichos de mercado pouco explorados, como aqueles relacionados ao uso de batatas-doce de polpas coloridas, bem como consumo de batata-doce biofortificada”, explica a especialista. Segundo ela, os novos materiais devem estar disponíveis para os produtores rurais em breve.
Confira os detalhes no www.norteagropecuario.com.br.


 

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