Ação de combate à pedofilia prende 2 na região

Por falta de flagrante, material de terceiro suspeito foi recolhido para perícia; funcionário público estadual e pedreiro são acusados

REGIÃO - ROBERTO KAWASAKI

Data 17/05/2018
Horário 21:13

Na manhã de hoje, a Polícia Civil da região prendeu temporariamente dois homens em flagrante, por possuírem conteúdos relacionados a crimes de exploração sexual contra crianças e adolescentes no computador. Por volta das 6h, foram efetuados os mandados de busca a apreensão a duas residências em Presidente Prudente e Presidente Epitácio, onde foram constatadas provas de envolvimentos no crime. Já em Presidente Venceslau, não houve flagrante por falta de material, no entanto, foi aberto um inquérito para apurar o envolvimento do suspeito.

Coordenada pelo Mesp (Ministério Extraordinário de Segurança Pública) do Distrito Federal, a Operação Luz na Infância 2 é alusiva ao Dia Nacional de Combate à Violência e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, lembrado hoje, e é considerada a maior operação histórica contra a pornografia infantil no Brasil.

Em Prudente e Epitácio, respectivamente um pedreiro e um funcionário público estadual, de idades medianas, foram presos em flagrante delito, por armazenamento de pornografia infantil em materiais eletrônicos. De acordo com Airton Roberto Guelfi, delegado de Polícia Civil e coordenador da operação na região, os homens não tinham passagens pela polícia e não apresentaram resistência durante as buscas e prisões. Por meio disso, foi possível encaminhá-los até a DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) das respectivas cidades, para prestarem esclarecimentos. Até o final da tarde de hoje, ambos passavam por audiência de custódia.

Em Presidente Venceslau, a operação chegou até outro indivíduo, também de meia idade e profissão não divulgada, e como não houve flagrante, foram apreendidos apenas materiais eletrônicos, como computador e pen drives. O delegado acrescenta que apesar de não haver flagrante, um inquérito de investigação foi aberto para apurar o possível envolvimento no delito.

O delegado regional explica que os materiais apreendidos foram encaminhados à perícia e que, por este motivo, ainda não foi possível estimar a quantidade de arquivos encontrados nos materiais. “Nós realizamos a abertura de alguns arquivos in loco para caracterizar o crime, no entanto, existem aqueles da natureza do crime ou não, e isso só a perícia pode avaliar e repassar para termos um número” expõe.

Com base em dados coletados em ambientes virtuais, o Ministério de Segurança Pública informa por meio de nota que, nos últimos quatro meses, os suspeitos estavam sendo monitorados pela inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública, o que possibilitou que os materiais fossem encaminhados à Polícia Civil dos Estados. Por meio disso, foram abertos inquéritos que foram autorizados pela Justiça para executarem os mandados.

 

Primeira fase

O Ministério de Segurança Pública explica que a operação, intitulada Luz na Infância, recebeu este nome pelo fato de os crimes serem bárbaros e obscuros contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes. Desta forma, os acusados do delito agem nas sombras da internet, e devem ter suas condutas esclarecidas e julgadas. Em outubro do ano passado, a primeira fase da operação cumpriu 157 mandados de busca e apreensão em 24 Estados e o Distrito Federal. Deste total, 112 pessoas foram identificadas e presas por produzir, guardar ou compartilhar pedofilia na rede. 

 

SAIBA MAIS

Considerada a maior operação histórica contra pornografia infantil no Brasil, a Operação Luz na Infância 2  correu no Distrito Federal e outros 24 Estados brasileiros. Antes da deflagração das ações, foram analisados mais de 1 milhão de arquivos entre fotos, vídeos e outros documentos obtidos em ambiente virtual, com conteúdos relacionados a crimes de abuso sexual de crianças e adolescentes.

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