A simulação de um incêndio envolvendo um caminhão de combustíveis e um avião movimentou o Aeroporto Estadual de Presidente Prudente, ontem pela manhã, e tornou real o cenário combinado. A tragédia contou com a participação de cerca de 100 pessoas, sendo 13 participantes a bordo da aeronave que ficaram entre leve e gravemente feridas e inclusive um óbito. Além disso, três pessoas que participavam do abastecimento do avião também se machucaram.

Pista do Aeroporto de Prudente foi tomada pela ação, que teve auxílio do Helicóptero Águia
Entre as vítimas, muitos feridos, sangue por todo o rosto, inclusive no corpo. Gritos de pedidos de socorro. Maquiagens que retratavam feridas. Idas e vindas de bombeiros e enfermeiros. Água e mais água. Diálogo entre os envolvidos como se aquilo fosse de verdade. Caminhões jorravam água que também vinha pelos ares por meio do Helicóptero Águia. Tudo para tornar a simulação bem próxima à realidade.
De acordo com o chefe do Corpo de Bombeiros do Aeroporto, André Luiz Sizoto, a intenção é treinar as pessoas envolvidas e as preparar para qualquer situação de acidente. Explica que o "fogo" começou no momento em que o caminhão fazia o abastecimento do avião. Assim, saiu uma faísca por algum motivo e ocorreu uma explosão (neste momento, uma bomba simulou o barulho). "Com isso, atinge os dois funcionários que estão abastecendo, o fiscal de pátio e as pessoas a bordo", explica. A torre, então, aciona os Bombeiros e o Helicóptero Águia. "Os bombeiros do aeroporto socorrem, em primeira mão, os três funcionários que estão no chão e coloca-os em uma área fria à espera do socorro que está por vir", diz. Destaca ainda que ambulâncias e bombeiros saem de suas bases. "É tempo marcado mesmo. Tem o bombeiro do aeroporto, mas precisamos de apoio em casos assim", pontua. Para tanto, estiveram envolvidos na ação Bombeiros do Aeroporto; 193 do Corpo de Bombeiros Militar; 192 (Emergência); Home Care; Hospital Iamada; Tiro-de-Guerra; e Grupamento do Águia da Polícia Militar.
O método internacional utilizado foi o chamado
start. As vítimas do acidente são separadas de acordo com a sua gravidade, para facilitar o trabalho da equipe das ambulâncias e bombeiros. As vítimas que apresentam óbito já no local são colocadas sobre um pano preto. Ontem, havia uma pessoa neste espaço. O restante estava dividido em tapete vermelho, indicando estado grave, ou seja, consegue respirar, mas não se locomover sem auxílio (por isso tem atendimento prioritário) e em amarelo e verde, por estar em uma situação menos crítica.