Ação solidária embeleza 165 moradoras do Ana Jacinta, neste feriado

Participantes serão recebidas com café da manhã e serão atendidas por cabeleireiros, manicures, designers de sobrancelhas, finalizando com sessão de cuidados

PRUDENTE - MELLINA DOMINATO

Data 30/04/2024
Horário 15:35
Foto: Cedida
Projeto “Mãos Que Criam” capacita mulheres para obter renda com trabalho artesanal
Projeto “Mãos Que Criam” capacita mulheres para obter renda com trabalho artesanal

Um dia para levantar a autoestima será esse 1º de maio, feriado do Dia do Trabalhador, para as moradoras do Conjunto Habitacional Ana Jacinta, em Presidente Prudente, que participarão nesta quinta-feira do Encontro Beleza Solidária, promovido pela Avime (Associação Vida Melhor), na Igreja Batista Betel. A partir das 9h, as 165 interessadas, que já receberam previamente seus convites, serão recebidas com um café da manhã e serão atendidas, primeiro, por um cabeleireiro, com corte e escova, seguindo para manicure e designer de sobrancelhas, finalizando em uma sessão de cuidados com a pele, na qual receberão dicas sobre automaquiagem. São inúmeros profissionais que atuarão voluntariamente na ação.
“Depois disso, elas passarão no Varal Solidário, onde montamos separadamente por tamanhos as roupas e sapatos de doação, e a pessoa poderá escolher ali algumas peças para levar embora. Montamos também um espaço para fotos, onde elas poderão fazer as imagens com seus próprios celulares”, promove a coordenadora da Avime, Alessandra Areias, 52 anos. “Sabemos que muitas instituições promovem sempre um evento parecido, mas este não será igual aos outros. O nosso objetivo é fazer deste evento um diferencial. No momento, não queremos atender 500 pessoas de uma vez, queremos atender menos, porém com muita qualidade. Escolhemos começar pelo Ana Jacinta, uma vez que ali é a nossa localização e também por conhecer e ver as necessidades daquele lugar. E, como vemos no Evangelho, o nosso primeiro ministério é a nossa casa, portanto o bairro Ana Jacinta é a nossa casa”, complementa.
Alessandra explica que a associação, sem fins lucrativos, visa atender famílias carentes em situações de vulnerabilidade, ação que já realiza desde 2019. E, atualmente, a entidade está sendo mantida pela Igreja Batista Betel, já que ainda não conta com recursos próprios e nem investimentos por parte do governo. “A igreja nos cedeu um salão e algumas salas para o desenvolvimento dos trabalhos, entre eles o Reforço Escolar, para as crianças, e o EJA [Educação de Jovens e Adultos]. A Avime ainda atende a população com entregas de cestas básicas, ajuda no pagamento de contas água, luz e gás para as famílias em meses de dificuldade”, explica.
Destaca a coordenadora que ainda são desenvolvidas outras ações pela entidade, como “A Casa da Misericórdia”, que é um serviço de empréstimos de cadeiras de rodas, de banho, muletas, colchões, entre outros aparelhos, para aqueles que não têm condições de pagar por eles. “Começamos agora o projeto ‘Mãos Que Criam’, que são várias oficinas de trabalhos artesanais. Doamos e ensinamos as pessoas a produzirem peças para gerar renda própria”, frisa, sobre a iniciativa que já envolve 40 mulheres. Ainda, pontua que, a partir de maio, a entidade ofertará atendimento psicológico, ortopédico, ginecológico, bem como em clínica geral, além de orientação por profissionais, como engenheiro, advogado e arquiteto, “os quais doaram algumas horas do seu dia em prol das famílias carentes”.

Sede própria
Segundo Alessandra, a Avime tem um terreno próprio, com projeto já aprovado para início da construção. No imóvel serão então ofertados novos serviços, como: “Casa de passagem”, no qual pessoas que virão até a cidade para fazer tratamento médico terão onde ficar, sem nenhum custo; “Recanto da Alegria”, que servirá como moradia para pessoas idosas; “Creche Escola para Adolescentes e Jovens”, com princípios ético, moral e espiritual, entre outros. “Aprendemos na palavra de Deus que a ‘fé sem obras é morta’, mas também que ‘a obra sem fé é morta’. Quando falamos na associação e em tudo que temos feito e projetado para fazer, o nosso coração arde de amor pelo cuidado com aqueles que a sociedade já descrimina. O nosso papel não é julgar as atitudes de ninguém nem ignorar a existência de tais pessoas, mas, sim, nos colocarmos no lugar de cada uma e ter um coração sempre disposto a ajudar”, finaliza.

Foto: Cedida
Alessandra: “nosso papel não é julgar as atitudes de ninguém, mas ter um coração sempre disposto a ajudar”

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Projeto “Mãos Que Criam” capacita mulheres para obter renda com trabalho artesanal

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