Cerca de 95% dos bancários de Presidente Prudente aderiram à greve, ontem. Na região, este número chega a 60%. É o que afirma Edmilson Trevisan, presidente do Sindicato dos Bancários de Presidente Prudente e Região. "Está melhor do que o primeiro dia. O movimento tem tomado corpo, e aos poucos vamos somando forças", relata. De acordo com ele, ontem, todas as agências de Álvares Machado fecharam. "É outro grande passo. No primeiro dia, tínhamos apenas a adesão dos bancários de Prudente. Até mesmo os funcionários do Bradesco, que tradicionalmente são mais resistentes ao movimento, aderiram neste ano e no ano passado", comenta. A greve foi deflagrada na terça-feira.
Bancários pedem reajuste de 14,78% e 5% de aumento real; greve teve início terça-feira
A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) marcou um encontro com a base central do sindicato na capital paulista, às 11h de hoje, para mais uma tentativa de negociação. "Esperamos que a proposta evolua e que depois deste papo, a gente tenha uma nova posição", estima Edmilson.
Como já informado em
O Imparcial, a greve foi desencadeada após uma "proposta rebaixada" da Fenaban, que ofereceu 6,5% de reajuste salarial e abono de R$ 3 mil, sendo que a categoria pede reajuste de 14,78% e 5% de aumento real. Além disso, os bancários reivindicam o PLR (Programa de Participação nos Lucros e Resultados) de três salários, mais um fixo de R$ 8.279,61; fim do assédio moral; fim das metas abusivas; mais empregos; e fim das demissões. Os bancários pedem ainda aumento no vale-refeição de R$ 652,08 para um salário mínimo, R$ 880; e vale-alimentação de R$ 491,52 também para um salário mínimo.
"O percentual que eles oferecem é menor do que a reposição inflacionária anual e o abono completa só este ano. Vamos torcer para que a proposta desta sexta-feira atenda nossa necessidade", declara o sindicalista.
Febraban
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) confirma que haverá uma reunião em São Paulo, e explica que a proposta da Fenaban integra, para a maior parte dos bancários, aumento da remuneração que supera a inflação. "Isso porque ela envolve, além dos 6,5% de reajuste salarial, um abono de R$ 3 mil. Somando ambos, o aumento chega a 15%, no ano, para algumas faixas salariais", expressa.
Além disso, a proposta inclui participação nos lucros e aumento no vale-alimentação (que passará a R$ 523,48 mensais) e no vale-refeição (que alcançará R$ 694,54 mensais). "Esses e outros benefícios pagos aos bancários estão entre os mais altos do mercado", aponta a federação.
