Adriana Cavalcanti está em prêmio com CD "A Bênção"

Ao lado de ídolos, álbum da cantora está entre os considerados de 2016, para o EmBRULhador ao Melhores da Música Brasileira; ela concorre Breno Ruiz, Badi Assad, Fábio Cadore e Ed Motta

VARIEDADES - OSLAINE SILVA

Data 20/01/2017
Horário 09:38
 

A cantora pudentina, Adriana Cavalcanti está que é só alegria. Isso porque ela recebeu, recentemente, a notícia que seu álbum de MPB (Música Popular Brasileira) "A Bênção" está entre os considerados de 2016, para o Prêmio EmBRULhador ao MMB (Melhores da Música Brasileira). "Estou concorrendo com grandes feras como Breno Ruiz, Badi Assad, Fábio Cadore, Ed Motta, Dante Ozzetti dentre outros feras! Considero isso, estar com eles, muitos meus ídolos, como uma vitória! Agradeço a meu Deus e Senhor, meu tudo, pelos caminhos abertos sempre guiados por ti com muito sofrimento no meio! ", exclama vibrando a cantora.

Jornal O Imparcial Adriana, Cuca Teixeira, Marcelo Mariano, Fábio Leal, César Raversi e Robson Nogueira

Adriana não se cansa de dizer o quanto está imensamente feliz, porque o disco está sendo reconhecido. O que quer dizer, segundo ela, que valeu a pena toda sua dedicação e esforço de todo o trabalho, e deste gravado em dezembro de 2013 e lançado no fim do ano passado.

Como já publicado neste impresso, "A Bênção" foi produção de Marcelo Mariano, filho de Marisa Gata Mansa e César Camargo Mariano (ex-marido a Elis Regina). Adriana diz que ele chamou os melhores do país tanto de mixagem, como masterização, os músicos que gravaram com Marina Lima, Djavan, Elis e até Ermeto Paschoal.

"Ficou incrível. Ele ainda me perguntou se eu queria algo extremamente comercial ou mais requintado e eu respondi que os dois. Tanto lado A quanto B, juntar tudo em um CD. Uma música que desse para tocar na rádio, em novela, mas que também agradasse aos músicos, compositores, aos artistas. Não apenas para venda", salienta.

 

Trabalho

Para a gravação do clipe da música de trabalho, de sua própria autoria, "Idas e Vindas", Adriana convidou Juliano Casimiro, diretor de São Paulo, onde gravaram aqui em Presidente Prudente por três dias intensos, de manhã, à tarde e à noite. Ela recorda que chegou a passar mal.

Adriana diz que quis lançar o clipe antes do disco que veio na sequência. De acordo com ela foi tudo muito bem pensado, as estratégias de divulgação, lançamento. "Comecei a produção do clipe em julho, o Juliano veio para cá em maio. Vê como leva tempo para fazer um trabalho? Em novembro o lançamento do show e agora a colheita do primeiro fruto. Nunca imaginei eu junto com Badi Assad, que pra mim é uma das melhores do mundo!", exalta a cantora.

Ela comenta que tem ainda nessa concorrência alguns amigos que estudaram com ela no Conservatório Musical de Tatuí. E que ainda vão ser selecionados neste prêmio os melhores instrumentistas e canções. O que significa que "Idas e Vindas" também possa entrar nessa.

 

O show

No lançamento, integrando sua banda estavam Cuca Teixeira, na bateria; Marcelo Mariano, no baixo; Fábio Leal, na guitarra; César Raversi Sax e Robson Nogueira, no piano, em 23 de novembro no Tênis Clube, quando ela contou com vários apoiadores, amigos, parceiros e um público com pessoas de várias cidades como Votuporanga, Candido Motta, Paraguaçu Paulista, Ourinhos, Bauru, o que a deixou muito feliz porque muitos prudentinos não foram assistir. Ao final do show Adriana foi inclusive homenageada por seu fã clube.

"Foi um show super comentado, com coreografia, decoração. Sem nenhuma crítica negativa. Acredito que os artistas, de modo geral, sofrem uma grande desvalorização, primeiro porque a MPB não é o estilo atual do país. Infelizmente, o Brasil hoje tem um tipo de música só. O preço foi razoavelmente alto para a cidade e foi de alto nível, segundo comentários. Essa é minha banda qual viajará comigo por todo o Brasil em shows esse ano", expõe a cantora.

 

A cantora


Adriana, dona de 12 troféus como intérprete e compositora, comenta que desde pequena sempre se destacou em concursos de voz, o que querendo ou não gerou muita torcida contra. Sempre teve muitas portas fechadas por inveja. Mas, também sempre foi muito batalhadora, esforçada, dedicada. Estudou canto fora (por cinco anos), para se aperfeiçoar em sua área. Tornou-se professora de canto. E aos poucos foi conquistando seu espaço.

Ela enfatiza que nunca sentiu que as portas estavam abertas para si. Mesmo assim, sempre realizou projetos não só para a sua vida artística. Mas, para compartilhar com as pessoas, como evento do Dia dos Pais; Dia das Mães; Dia das Crianças; iniciativas nas escolas com os pequenos cantando Milton, Caetano, Gil; trouxe músicos de fora para ministrarem workshops; produziu musicais; shows de Baião valorizando a música nordestina, ou valorizando as mulheres.

"Digo que projetos solidários. Todos propagados para a cultura. Embora sejam eventos que dão muito trabalho organizar, não ganhei um centavo. Então posso dizer que é solidário. Feito para a Cultura. Para a cidade. E ainda assim demorou para vir reconhecimento viu! Mas estou feliz! Imagine, meu clipe já chegou a quase 700 mil visualizações. Então só tenho a agradecer", brada Adriana.

 

Amor à música

Adriana Cavalcanti deixa claro que seu amor não é apenas pela MPB. Ela diz amar a música feita com qualidade musical envolvendo letra, cantor, arranjo e músicos bons. Uma harmonia bem feita. Conforme ela uma música não é feita apenas de uma voz bonita, ou acordes dissonantes. Logo, ela é a favor de uma música que traz paz, conciliação, que toca o coração das pessoas. Não daquela música ‘pra pular brasileira’ que ela explica ser diferente de MPB.

"Valorizo a música universal. Ouço cantoras americanas como Cassandra Wilson, Nora Jones, Take 6, entre outros. Gosto do sertanejo bom, de Daniela Mercury que para mim é uma grande cantora de axé. Entende? Temos que procurar diferenciar e entender as coisas e não menosprezar os estilos. Que é o que passo para os meus alunos", frisa.

Ela valoriza seu trabalho e diz que seu disco ficou bem caro. "Tenho muito orgulho em ter pago ele com o fruto do meu trabalho, com a música. Ao contrário do que as pessoas pensam que a música não dá dinheiro, eu ganho muito bem, mais que muitos médicos, advogados, dentre outros vários profissionais. Por isso demorou para ser feito. Fiz sozinha. Sem auxílio algum", pontua Adriana Cavalcanti.

 

SAIBA MAIS

 

MMB

De acordo com a página do Prêmio EmBRULhador (http://bit.ly/MMBamostra2016) esta sétima edição do projeto Melhores da Música Brasileira já bateu um recorde. Até o início da semana já haviam sido avaliados 1.488 discos lançados por artistas brasileiros em 2016. Esse número pode aumentar até o lançamento da lista final com os melhores do ano, pois o prazo de seleção ainda não terminou. No dia 23 de janeiro você poderá conferir a seleção principal, com os 100 melhores discos de 2016, as listas de melhores músicas e melhores instrumentistas, menções honrosas, além de entender detalhes do criterioso processo de seleção. Com a maior amostra de todos os tempos, uma coisa é certa: o nível desta edição do MMB está altíssimo. De todos os trabalhos avaliados até o momento, apenas dois alcançaram a cotação máxima, de 100 pontos.

 
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