Ajude quem não pode comprar remédios: doe à Farmácia Solidária

Paróquia Mãe da Igreja, de Prudente, coordena projeto, que recebe todos os tipos de medicamentos, tendo muito ou pouco na cartela, vidros, em prazo de validade ou já vencidos

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 13/03/2022
Horário 12:45
Foto: Cedida
Bispo dom Benedito, na atual Farmácia Solidária, no Centro de Formação Diocesano
Bispo dom Benedito, na atual Farmácia Solidária, no Centro de Formação Diocesano

Tem remédio parado em casa? Acabou o tratamento e sobrou medicação? Não sabe o que fazer com o que não vai mais usar? Saiba que essa medicação pode ajudar muitas pessoas na Farmácia Solidária da Paróquia Mãe da Igreja, de Presidente Prudente! Segundo padre Everton Aparecido da Silva, para fazer a doação dos medicamentos é muito fácil. Basta levar até o Seminário Diocesano, na Secretaria Paroquial da igreja ou na Associação O Amor é a Resposta, onde uma equipe de voluntários fará a triagem para saber quais poderão ser utilizados e, mediante a apresentação de receita, serão doados a quem precisa. 
Padre Éverton frisa que podem ser doados todos os tipos de medicamentos, tendo muito ou pouco na cartela, vidros, em prazo de validade ou já vencido. Porque os agentes pastorais estarão fazendo uma triagem minuciosa juntamente com um farmacêutico acompanhando. 
“Aquilo que não servir, enviamos para uma farmácia comercial da cidade que fará o descarte correto. É um trabalho além de muito bonito, sério e responsável”, expõe padre Éverton.
Para melhor organização, o sacerdote diz que foi feito um programa lançado com os remédios que estão aptos a serem doados, todos devidamente catalogados. “Às vezes, ficamos com vários remédios em casa, e o que a gente vai fazer com isso, não é mesmo? Às vezes, descartamos até de forma errada. Então, acredito que essa proposta é um grande sinal mesmo nesses tempos que precisamos nos importar com os outros”, acentua.

Gesto nobre

Padre Everton menciona que a importância desse projeto primeiro remete a quem participa da campanha doando medicamentos. Segundo ele, existe na atitude um testemunho de esperança, de vida e de fé também, porque é um gesto nobre você partilhar aquilo tem em sua casa e que não usa mais. 
O sacerdote exalta ainda que tal gesto expande a solidariedade. “Estamos vivendo um tempo de muito egoísmo, muita autossuficiência, muito comodismo, talvez. Às vezes, vivemos fechados em nosso mundinho, achando que em volta está tudo bem, que ninguém precisa, que é normal tudo que está acontecendo e a realidade é outra”, destaca o padre. 
Então, para ele, de fato, esse projeto vem mostrar a necessidade da fraternidade, de estender a mão para a comunidade, para aqueles que precisam.

Necessidade da fraternidade

A ideia, de acordo com padre Everton, surgiu com o médico pediatra Talmir Rodrigues, que já desenvolve esse trabalho de recolher remédios usados e distribuir para as famílias que mais precisam, há mais de 20 anos. 
Conforme padre Everton, ele iniciou esse bonito trabalho lá no início da sua profissão, em Santo Anastácio, e depois trouxe para Presidente Prudente, sendo um período numa das dependências que ficavam sob o Viaduto Comendador Tannel Abbud, na Praça da Bandeira, depois na comunidade do Jardim Cobral. No Santuário Nossa Senhora Aparecida, na Capela Santo Expedito, no Servantes II. O médico, inclusive, mencionou duas voluntárias que atuaram por décadas como voluntária, Cecília, por 24 anos, que faleceu durante a pandemia, mas não de Covid. E Luzia Modesto, por 22 anos. Ambas muito atuantes no voluntariado.
“O doutor Talmir percebeu que precisava de um espaço e de voluntários que dessem maior visibilidade a este projeto, sobretudo, nesse tempo de pandemia. E nos procurou para formarmos uma parceria, o Centro Social da Mãe da Igreja e a Diocese de Presidente Prudente. Repito, trata-se de um projeto que nos mostra a necessidade da fraternidade, de estendermos a mão para as pessoas que precisam!”, salienta o religioso.

Fotos: Cedidas

Farmácia Solidária há muitos anos, no Santuário Nossa Senhora Aparecida

Cecília (in memoriam) atuou como voluntária durante 24 anos

Luzia Modesto por 22 anos foi voluntária na Capela Santo Expedito, no Servantes II

 

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