Amanhã, os estudantes da rede pública municipal de ensino retomam as rotinas de aulas em Presidente Prudente. Já para os 35 mil estudantes da rede estadual pública e particular, bem como os do ensino superior, a volta ocorrerá uma semana depois, a partir do dia 31 de julho. A Secretaria Municipal de Educação (Seduc) atende cerca de 19 mil alunos, com a faixa etária de zero a 11 anos, distribuídos entre as 69 escolas municipais e filantrópicas.
De acordo com a diretora regional do Sindicato das Escolas Particulares de Presidente Prudente, Vera Moretti, nas mais de 60 escolas presentes no território que o sindicato abrange, as aulas também retornam oficialmente a partir do dia 24, no entanto, a data de retorno varia, pois cada uma elabora o seu próprio calendário anual de atividades. “Os alunos permanecem, é muito difícil haver mudança. Há transferências normais, mas nada que seja significativo”, acrescenta a diretora.
Segundo a pedagoga Sandra Senedo, a volta às aulas no meio do ano corresponde a um período de readaptação dos alunos, que é facilitada por eles já conhecerem o ambiente, os profissionais, os colegas de classe e já estão cientes do ritmo de estudos. Para a profissional, recebê-los é um desafio, pois estão retornando de um período em que ficaram longe da correria dos estudos, mas que a “adaptação no começo do ano é mais complicada. Agora, o acolhimento é diferente, porque já tiveram meio ano para criar vínculos”, pontua.
Na pele
A aluna do 3º ano do ensino médio, Isabella Conde Fravilio, 17 anos, conta que aproveitou as férias para descansar do ritmo de estudos que levava durante o primeiro semestre do ano, com o objetivo de prestar o vestibular no fim do mês de junho, no qual ficou em primeiro lugar na lista de aprovados na modalidade de treineiro. Dentre as atividades desenvolvidas, sair com os amigos e encontros da igreja foram as mais executadas durante o período de folga. Agora, ela se prepara para retomar a rotina e se dedicar ainda mais aos estudos e, assim, conseguir uma boa colocação no vestibular novamente. “Não estudei durante as férias, quis dar uma descansada, porque foi bem puxado”, relatou.
Já Ana Clara Klem Esquinelato, 15 anos, que está no 1º ano do ensino médio, utilizou o período livre para realizar atividades que com o ritmo da escola não seria possível, como por exemplo, fazer aulas de vôlei e ir à academia todos os dias, pois antes ia duas vezes por semana, no máximo. “Sem as aulas de manhã a minha rotina ficou mais organizada e menos pesada”, ressaltou. Apesar de aproveitar o período de “folga”, Ana Clara conta que começou a acordar mais cedo para se preparar ao retorno das aulas, para as quais está com boas expectativas, principalmente, em rever os amigos e professores.
