Alunos da Unesp reivindicam bolsa permanência

Em manifestação com cartazes, na manhã de ontem, estudantes se reuniram em frente à diretoria da unidade de Prudente

PRUDENTE - THIAGO MORELLO

Data 03/05/2017
Horário 11:15
 

Com cartazes que possuíam mensagens como "Não vamos nos acalmar", um grupo de estudantes da FCT/Unesp (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista), campus de Presidente Prudente, se reuniu em frente à diretoria da unidade para reivindicar a distribuição de bolsas de permanência estudantil, ofertada pela instituição a alunos carentes, todo os anos. De acordo com o diretor do campus, Marcelo Messias, cerca de 50 estudantes pleiteiam o auxílio, e pedem que a solicitação seja atendida com mais agilidade.

Jornal O Imparcial Após reunião com a direção do campus, os próprios estudantes retiraram os cartazes

No entanto, ainda de acordo com Marcelo, é comum que ocorra esse tipo de manifesto durante o início dos semestres. Porém, é necessário precaução, pois existe uma série de critérios que devem ser seguidos, até que a liberação efetivamente se concretize. "As aulas começaram no dia 17 de abril e esse processo demora em torno de um mês. Por que tanto tempo? É para evitar que deixemos passar pessoas que não precisam da ajuda, ou melhor, que precisam menos do que outros. São muitos documentos analisados pelo nosso Setor de Assistência Social. Então, é sim burocrático, mas para que erros e injustiças não ocorram", explica.

Para ter direito à ajuda, o principal critério utilizado é a renda per capita familiar. Uma vez que todas as solicitações sejam cumpridas e os documentos comprovados, a lista é feita pela ordem de quem mais necessita.

O diretor também informa que, para suprir toda a demanda, foi solicitado à reitoria para que mais 70 ou 80 auxílios sejam disponibilizados. "No momento, nós temos 129 bolsas disponíveis, sendo que 100 já foram encaminhadas aos veteranos e as restantes serão para os calouros. Hoje, nós estamos com um problema, pois o número de pessoas que necessitam desse auxílio aumentou", pontua. "No ano passado, as vagas foram preenchidas com 35% de cotas. Nesse ano foram 45%. E toda essa movimentação é organizada a partir da receita do próprio campus. Desta forma, a gente tem aqui um cenário em que o índice de pessoas carentes é alto e o recurso abaixou ou permanece o mesmo, diante da crise econômica que todos enfrentamos", completa.

Mas o para o representante da universidade, esse é um problema que sempre ocorre no início dos termos e que a resolução também já é prevista. "A gente, felizmente, consegue atender todos de alguma forma, seja por outras bolsas internas ou nos demais modos. O que pedimos é calma, para que seja um processo limpo e justo", aponta Marcelo.

A reportagem esteve no local e também procurou por representantes dos alunos que realizaram o manifesto, porém, sem sucesso.

 
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