"O maior legado que uma pessoa pode deixar é a honestidade, determinação e a valorização da educação", declara Marcos Tadeu, 29 anos, um dos dois filhos do vendedor ambulante Aloísio Machado Pimenta, 71 anos. O morador prudentino, que é popularmente conhecido como Ligeirinho, faleceu no sábado, por volta das 21h, por complicações decorrentes de câncer gástrico. O corpo foi velado na Casa de Velórios Athia, na Vila Cristina, em Presidente Prudente, e o sepultamento ocorreu no domingo, no Cemitério Municipal São João Batista.
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Tadeu explica que seu pai estava internado desde a última segunda-feira, no Hospital Nossa Senhora das Graças. "Ele trabalhou até o último dia. Deixa para nós o exemplo de gente perseverante". Frisa ainda que seu pai era bastante conhecido na cidade e que por onde passava, amigos fazia. O apelido ganhou há mais ou menos 30 anos. "Ele tinha uma mercearia e um amigo da família o apelidou assim, porque o elogiava perante a rapidez com que atendia os clientes e fazia cálculos", conta.
Sobre a trajetória de vida, João Paulo, o segundo filho de Oliveira, revela que o pai nasceu em 11 de dezembro de 1941, em Esplanada (BA), e que foi trabalhar como garçom, em São Paulo, capital, aos 16 anos. "Veio para Prudente aos 35 anos, porque casou com a minha mãe, a costureira Ana de Oliveira Pimenta, 76 anos, que era natural daqui. Nas ruas de Prudente, em 1984, ele começou a vender cachorro-quente, aí depois passou a comercializar queijos e geleia de mocotó", diz.
Os dois filhos desfrutam da mesma opinião, quando questionados sobre qual exemplo levarão da vida do pai. "Ele foi um guerreio. Batalhou muito para que pudéssemos estudar. Sempre nos incentivou a continuar nos estudos, por mais que nunca tenha estudado. Não deixou bens materiais, em contrapartida, herdamos o maior presente que uma pessoa boa pode deixar: educação, honestidade e incentivo", finalizam Tadeu e Paulo. Oliveira deixa dois filhos e um neto, Enzo Gouveia de Oliveira Pimenta, filho de Lane Gouveia e Tadeu.
